Título da redação:

Os horizontes do transporte público brasileiro

Tema de redação: As deficiências do transporte público brasileiro

Redação enviada em 22/06/2017

Ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, do século XVII ao XXI, a ideia de transporte público ainda não é coerente com a sua real função social. O oferecimento de mobilidade dotada de qualidade e eficiência, não é uma realidade para muitos brasileiros que necessitam diariamente do transporte sob rodas ou trilhos para se locomover nos centros urbanos. Os fatores como lentidão, elevado valor de passagens e a lotação contribuem para uma visão depreciativa sobre a utilização do transporte público brasileiro. Certa vez,o político alemão Konrad Adenauer nos afirmou que 'Vivemos sob o mesmo céu, mas nem todos temos os mesmos horizontes' .A proferida frase pode fazer analogia com a interferência ao direito de ir e vir a todos do corpo social do país, garantidos pela Constituição Federal do ano de 1988. A crise do transporte público é um exemplo que esse princípios não é seguido pelas políticas responsáveis por essa questão. A problemática da superlotação e a falta de adaptação a deficientes e idosos, demostram que o direito supracitado não está sendo imposto, pois o transporte nesses tipos de condições limitam a dinâmica de muitos e acaba sendo oferecido de forma não igualitária. A problemática da mobilidade urbana é algo interligado a deficiência do transporte público. O agravamento do transito é devido a crescente procura pelo transporte de caráter privado devido a insatisfação da sociedade com a má condição e custo desproporcional cobrados pelo transporte coletivo. Logo, temos um tendência falsa de resolver a falto de fluxo sentida nos grandes centros urbanos, em especial. Os protestos sociais, realizados no ano de 2013, demonstram que a sociedade brasileira se encontra prejudicada e busca por atenção maior das autoridades em relação ao transporte utilizado no seu cotidiano. No entanto, muitos acreditam que a privatização do sistema de transporte urbano seria uma forma administrativa eficiente. Tal visão se encontra desprovida da realidade exemplificada no cotidiano dos usuários, que , por sua vez, recebem transportes sucateados que interferem na questão da segurança no transito e são submetidos a custos descabidos de passagem. Assim, fica evidente que o interesse das empresas privados ao comandar o transporte coletivo é sobrepor a questão do lucro sob a função de social de oferecer mobilidade. Diante da questão, vemos que a crise do transporte é uma das mazelas sociais que afeta de forma direta o desenvolvimento de atividades diárias dos brasileiros. Cabe ao governo, em especial o Ministério do Transporte, criar projetos de planejamento urbano que viabilize a fluxo dos transportes_como a criação de corredores de ônibus e linhas de metro; ainda é valido que o estado cobre e fiscalize um conjunto de regras estabelecidas ao setor privado responsável por administrar as linhas de transporte, para que reajustes de passagens sejam revistos e medidas de inclusão aos deficientes e idosos sejam adaptadas. Desse modo, podemos esperar que a população brasileira possa ter mesmos horizontes ao desfrutar de um transporte público de qualidade.