A industrialização tardia e de velocidade elevada característica de países em desenvolvimento como o Brasil, juntamente com o recorrente êxodo rural, resultou no crescimento descontrolado das cidades. Uma vez que esse crescimento não foi acompanhado pelos serviços públicos, entre eles o transporte. Este vem atuando cada vez mais de maneira insuficiente. Comumente, além das péssimas condições dos veículos, há superlotação e grande demora nos trajetos. Em uma pesquisa realizada pelo IPEA em 2012, mais de 60% da população considerava o transporte público como péssimo ou ruim. Dessa forma, as deficiências desse serviço fazem com que seja mais vantajoso adquirir um veículo pessoal. Consequentemente, o número de carros vem aumentando a cada ano, o que resulta em grandes congestionamentos. Aliás, esse impasse aumenta o custo do transporte público, na cidade de São Paulo, por exemplo, são repassados aos usuários de ônibus um valor aproximado a R$1,5 milhão de reais por ano devido ao congestionamento. Cidades maiores e com maiores zonas segregadas e periféricas necessitam de transporte público mais amplo e massivo para evitar ocorrência de ônibus lotados e insuficientes. Entretanto, no panorama das grandes cidades, o que vemos diariamente são ônibus superlotados e em péssimas condições para os usuários. Com base nos fatos supracitados, é evidente a necessidade de reformas no transporte público. É essencial que o Governo Municipal fiscalize as condições dos veículos, em ação conjunta o Governo Federal deve aumentar os investimentos nesse setor. Ademais, deve-se criar ouvidorias para que as reclamações em relação ao transporte sejam ouvidas e resolvidas, resultando em um transporte mais efetivo. É necessário, também, que haja uma democratização nas cidades, fazendo com que a população periférica não necessite deslocar-se para os centros a todo momento. Dessarte, é possível melhoras as condições do transporte público, tornando-o mais eficiente para os cidadãos.