Título da redação:

O monopólio do transporte público brasileiro

Tema de redação: As deficiências do transporte público brasileiro

Redação enviada em 27/09/2017

Desde o início da Revolução Industrial, houve a necessidade de se implementar um modo de locomoção dentro das cidades com o objetivo de levar o proletariado ao trabalho. No entanto, é fácil observar no Brasil ônibus lotados, atrasados, ou seja sem a mínima condição de exerção da sua função. Tais problemas são causados, principalmente, pelas empresas detentoras de monopólios que visam somente os lucros e apresentam péssimas relações com o Estado, impossibilitando, então, ações em conjunto. É importante pontuar, de início , que após 1988 quando o terceiro setor assumiu o transporte público no Brasil a qualidade do mesmo decresceu exponencialmente, diferentemente do preço da passagem que nunca esteve tão alta. Isso é causado, principalmente, pelo objetivo das empresas que é o lucro máximo, ou seja, além do valer pago para manter os ônibus e trens funcionando há outra quantia destinada para avolumar as receitas bilionárias da burguesia. Essa fortuna poderia ser incrementada nos fundos para melhorias dos meios de transporte, além de diminuir o preço da passagem. No entanto, para que isso ocorra se faz necessário uma intervenção do governo federal para que acabe com o monopólio privado dos vetores de deslocamento das cidades. É fundamental pontuar, ainda, que outro problema em relação ao transporte público é a pouca sincronia entre Estado e as instituições privadas. Um evento que pode exemplificar tal problemática, foi o de quando a cidade de Santos, em 2016, planejava a criação de projetos de infraestrutura, entretanto a prefeitura da cidade não levou em conta que naquela localidade não havia linhas de ônibus e trem. Essa situação mostra como a parceria entre setor primário e terciário é inviável, tendo em vista que a vontade da população nem sempre combina com os ideais burgueses. O transporte público, portanto, se encontra em estado caótico devido a dependência daquele em grupos de empresários. Logo, o governo federal deve voltar a ter participação nesse ramo tão importante à população, a partir do uso do dinheiro do Fundo Nacional de Segurança e Educação para o Trânsito (FUNSET) na compra das ações das empresas que hoje detêm o direito da administração do transporte público, tornando, então, estatais. De modo que os trabalhadores não fiquem refém da obrigação de engrossar os lucros dos burgueses, e que os recursos desperdiçados sejam aproveitados em melhorias em ônibus e trens e a diminuição da tarifa.