O modelo rodoviarista, implantado por Juscelino Kubitschek na década de 1950, trouxe, apesar do desenvolvimento industrial, um problema que ainda persiste: a predominância em um único modal de transporte. Nesse aspecto, a mobilidade nos grandes centros foi prejudicada. Faz-se necessário, portanto, um melhor planejamento do transporte público. Embora predominante no país, as condições da malha rodoviária não são das melhores. Grande parte dos ônibus encontram-se sucateados e superlotados, além dos inúmeros problemas nas estradas. Dessa maneira, muitas pessoas optam pelo veículo individual, o que gera aumento da frota de carros e problemas de mobilidade urbana, além dos danos ambientais, decorrentes da emissão de gases pelos automóveis. Ademais, é necessário analisar as causas da má qualidade de transporte e como isso impacta a vida das pessoas. Como a urbanização brasileira foi mal planejada, a população foi jogada para as periferias, longe do centro, onde trabalham. Isso demanda uma variedade e dinamicidade dos transportes públicos, mas não é o que acontece. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, o tempo médio de deslocamento até o serviço ultrapassa os 40 minutos, o que gera estresse e impacta na qualidade de vida da população. Fica evidente, portanto, a precaridade do transporte público brasileiro e que medidas devem ser tomadas. Assim, a sociedade deve reivindicar, por meio de manifestações, por melhoras desse serviço público. Além disso, o Governo Federal, através de jurisdições como a Lei da Mobilidade Urbana, de 2012, deve atender a essas reivindicações, investindo na reforma de transportes e, principalmente, em modais alternativos, como o ferroviário.