Em meados de século XX, o processo de desencadeamento industrial brasileiro despontava de forma atrasada, baseado na lógica dos países subdesenvolvidos. Mediante à importação de tecnologias oriundas de nações desenvolvidas, esse sistema de industrialização acelerada, culminou o que de fato vinha a se tornar um dos maiores problemas públicos. Então, essa larga urbanização atraiu um grande contingente populacional para a região Sudeste, fascinados pelas propostas de emprego e investimentos públicos e privados. No entanto, trabalhadores passaram a ter que se deslocar de grandes distâncias e acabaram desamparados pela falta de importância das administrações públicas, o que acarretou as inúmeras dificuldades encontradas atualmente. Em primeiro aspecto, a ineficiência do transporte público se atribui ao governo, que, pautado numa política de municipalização, oficializada na Constituição de 1988, decentralizou as ações e designou a qualidade dos serviços as prefeituras das cidades. Tendo em vista esse ponto, fica evidente que os problemas como: trânsito caótico, abarrotamento em ônibus, aumento de passagens e manutenções de veículos são advindos dessa má gestão. Não obstante, nos últimos anos, houve incentivos governamentais em aumentar o consumo de carros populares. Dessa forma, o governo federal proporciona uma oferta de crédito ao cidadão que, por sua vez, adquire com mais facilidade um empréstimo bancário, o que financia um automóvel. Por conseguinte, com o aumento do número de veículos nas estradas, o congestionamento nas vias tende a exceder, da mesma forma a poluição acresce. Seguindo essa base, o acúmulo de meios de transporte requer grande espaço físico nas avenidas, o que diminui a velocidade dos ônibus e aumenta os custos operacionais entre 15% e 25%, estes acrescidos aos usuários pagantes. Destarte, é inegável a problemática que acomete o setor de transporte público brasileiro e medidas elementares devem ser elaboradas. É dever do Estado realizar melhorias na questão da mobilidade pública, com projetos de realocação de pontos de ônibus, para que a necessidade de deslocamento em longas distâncias diminua. Ademais, empresas do setor privado devem investir em melhorias nas vias, com propostas de ampliação dos corredores de transportes maiores e também alternativos, como ciclovias. Outrossim, o governo deve repensar a política de investimentos em transporte coletivo, com o intuito de modernizar e garantir o acesso à população, ao mesmo tempo, pluralizar os métodos de locomoção com a instalação de veículos como trens e metrôs. Talvez assim o problema seja sanado.