Após o êxodo rural, o contingente de pessoas que começaram a utilizar e depender do transporte público aumentou consideravelmente. O aumento da população nas grandes cidades trouxe a necessidade de locomoção, usualmente da classe trabalhadora assalariada. Entretanto, há muito tempo o Transporte Público é decadente e falho, não oferecendo um serviço de qualidade para os que o utilizam. É comum observar a superlotação, visto que os meios de transporte público geralmente atendem muito mais passageiros do que a capacidade adequada, devido ao fato de que muitas vezes não há veículos suficentes – em se tratando de ônibus - para atender à demanda. Com isso, depender do Transporte Público se torna algo desagradável, visto que, na grande maioria das vezes, as pessoas têm de percorrer grandes trajetos em pé, sem o mínimo de conforto. Caso contrário, terão de esperar muito mais tempo pelo próximo. Outrossim, isso acarreta ainda no atraso dos horários dos ônibus, pois os poucos que estão em circulação precisam ficar muito mais tempo nas paradas. Vale ressaltar ainda que é comum observar que indivíduos, geralmente mulheres, relatam terem sofrido algum tipo de assédio sexual ao utilizarem tais serviços – seja ônibus, trem ou metrô. No estado de São Paulo, no ano de 2016, foram mais de quatro ocorrências, em média, por semana. Isso é um problema que abrange o país inteiro, pois muitas vezes as vítimas, envergonhadas por terem passado por essa situação, não denunciam o agressor, ou quando denunciam, são tratadas com descaso pelas delegacias. Desse modo, os incidentes se perpetuam e os crimes não podem ser sanados. Conclui-se, portanto, que no tocante aos atrasos e à falta de veículos, uma solução cabível seria que as Prefeituras promovessem um sistema de caronas, regulamentado e registrado junto aos órgãos do município, no qual motoristas de carro poderiam se cadastrar e os passageiros dividiriam o valor da gasolina para o trajeto especificado, diminuindo, assim, o custo, e aumentando a qualidade e o conforto para os indivíduos. Com relação aos casos de assédio, orientar os policiais a dar o suporte necessário para as vítimas e criar espaços destinados somente às mulheres nos meios de transporte, a fim de que as mesmas se sintam mais seguras, corroborariam para dirimir esse tipo de violência. Ademais, os pais devem ensinar os filhos desde cedo o respeito pelas mulheres, afinal, como declarou Pitágoras: “educai as crianças e não será preciso punir os homens”.