Elevando um setor em prol da mobilidade. Historicamente relegado a segundo plano, o transporte público mostra-se cada vez mais ineficiente. Desde a década de 30, a crescente urbanização ocorreu simultaneamente à construção de vias que priorizava os interesses das recém-instaladas multinacionais automobilísticas - as quais investiam mais no transporte individual. O resultado dessa ação foi um espaço urbano marcado pela segregação espacial que afeta diretamente a mobilidade urbana. Desse modo, as populações das regiões metropolitanas são as mais prejudicadas pelas falhas dos diferentes meios de transporte, como atrasos, lotações e altos custos de passagens. A continuidade de políticas que primam pela utilização de veículos particulares agrava esses problemas, uma vez que os automóveis são responsáveis por congestionamentos e pelas altas tarifas dos ônibus - segundo a ANTP. Mesmo com a privatização desse setor após a Constituição de 88, o governo federal ainda é agente importante de mudança. Nesse contexto, o replanejamento urbano torna-se fator crucial para a melhora da circulação nas estradas. Ele deve ser concebido a partir de parcerias entre o Ministério dos Transportes e construtoras, mediado por órgãos ambientais de cada localidade a ser implantado. Também é necessário que ocorra uma diversificação dos modais de transporte nas cidades que apresentem demanda, seguindo os mesmos moldes firmados para a reurbanização. O reflexo dessas medidas será um plano que alie comodidade ao desenvolvimento sustentável. A otimização dos serviços prestados será uma consequência da redefinição de trajetos e da ampliação dos meios ofertados. Assim, com a elevação do transporte público a primeiro plano, a problemática será gradativamente sanada, melhorando a locomoção de pessoas e a qualidade de vida como um todo.