Título da redação:

Descaso

Tema de redação: As deficiências do transporte público brasileiro

Redação enviada em 17/06/2017

Descaso Em meados do século XX, a política de abertura da economia brasileira possibilitou a importação de tecnologias e a instalação de empresas estrangeiras, como a de automóveis, nas grandes cidades. Esses municípios, pela grande oferta de empregos, atraíram populações de outras regiões. Nesse contexto de urbanização acelerada, o transporte Público Brasileiro, conforme pesquisas, não obteve investimentos capazes de torná-lo mais eficiente, diante dessa nova conjuntura. O objetivo de Juscelino Kubitsckek, então Presidente, era fazer o país crescer 50 anos em 5. Porém, seu programa de governo não previa algumas inconsequências. Para promover a indústria automobilística, era necessário dar incentivos fiscais (como isentar impostos) àquelas empresas, baixar os custos de aquisição do produto e construir mais estradas. Se de um lado o transporte privado individual foi incentivado; do outro, o público coletivo foi esquecido, fadado ao descaso do Governo Federal, que deixou no bolso do contribuinte, principalmente o de baixa renda – que não têm meios de adquirir um carro próprio – os custos operacionais de um serviço que devia ser pago somente pelo Estado. Além de não receber o devido incentivo financeiro, as concessionárias públicas (empresas contratadas pelo Estado para gerir serviços) não oferecem um bom atendimento. Atrasos, superlotação e falta de qualidade no serviço prestado geram milhares de reclamações, de acordo com a SPTrans, autarquia que faz a gestão do transporte público de ônibus em São Paulo. Isso denota – também – uma completa falta de fiscalização governamental das atribuições originariamente a ele conferidas. Dessa maneira, a não aplicação de dinheiro público, bem como a não ingerência no serviço, quando concedido à empresa privada, por parte do governo, têm tornado ainda mais deficitário o trasporte Público Brasileiro. Por fim, a intervenção estatal é necessária. Deve-se tornar gratuito - principalmente nas capitais - o transporte público coletivo, como forma de incentivar o seu uso. Depois, é preciso aumentar o número de linhas de metrô, para evitar superlotações, de faixas exclusivas para ônibus, para evitar atrasos, e de fiscalizações rotineiras às concessionárias, para evitar quaisquer descasos ao cidadão.