Com os diversos projetos do ex-presidente Juscelino Kubitschek durante o século passado, a malha rodoviária do Brasil se estendeu por uma larga parte do território. No entanto, a extensão exponencial das estradas, em muitos casos, não teve um bom planejamento e acabou refletindo na qualidade final. Com isso, resquícios dessas obras e desses ideais permanecem refletindo no transporte público, que não acompanhou as necessidades dos brasileiros. Com a municipalização do transporte público, o serviço tornou-se ainda pior. Assim, vendo o incontrolável problema que o transporte se tornaria, o Governo Federal, por meio da Constituição Federal de 1988, passou essa responsabilidade aos municípios. Portanto, para evitarem maiores problemas de gestão, os municípios acabaram por terceirizar o transporte, refletindo de forma extremamente negativa à população, uma vez que essas empresas acabaram por piorar os serviços prestados, sucateando principalmente as frotas de ônibus, sempre visando o maior lucro possível. Consequentemente, os problemas enfrentados pelos passageiros nos transportes públicos brasileiros tornam a viagem ainda mais dificultosa. Dessa maneira, tempo de viagem extensivo, má qualidade das frotas, superlotação e tarifas com preços excessivos são apenas alguns dos problemas enfrentados diariamente pela grande parte da população que utiliza esses meios de transporte. Dessa forma, tais problemas violam o direito de ir e vir do cidadão, uma vez que, juntamente com a incontável criminalidade atual, limita sua liberdade, contrariando a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Portanto, para que o serviço de transporte público tenha melhorias, são necessárias intervenções tanto dos municípios quanto dos estados juntamente do governo federal, além de conscientizações por partes não governamentais. Então, os municípios devem criar fiscalizações mensais às empresas terceirizadas com o intuito de impor uma maior seriedade ao problema. Além disso, os governos estaduais e federal devem direcionar maiores verbas aos problemas já conhecidos das estradas brasileiras, pois para um bom fluxo do transporte são necessárias boas condições rodoviárias. Ainda assim, para uma maior conscientização, ONGs podem, por meio de cartilhas, mostrar os direitos que cada cidadão possui em relação a um transporte público digno, justamente por pagarmos altas tarifas, além dos altos impostos pagos diariamente.