Segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes, o Estado deve ser absoluto e, assim, detentor de toda autoridade sobre o povo. Na frase célebre desse pensador, “o homem é o lobo do próprio homem”, é possível encontrar esta única certeza: sem esse poder supremo, os indivíduos integrantes da sociedade entrariam em estado natural de conflito. Nesse contexto, o poder público brasileiro, sob essa perspectiva, é possuidor das consequências mais perversas da mal estruturação do Transporte Público: o caos no trânsito e a sua falta de democracia. Logo, é mister que sejam vistas as raízes de sua deficiência, e, por fim, que esta seja solucionada. Em primeira análise, o porquê, da não eficiência do meio de condução pública, deve ser considerada. É sabido que transtornos como, tráfego caótico e a marginalização popular no uso do veículo coletivo estão presentes no cotidiano de grandes cidades do Brasil. Contudo, esses impasses, tratados como naturais e instintivos no trânsito, afirmam-se recorrentes principalmente quando o Ministério Público, aparente autoridade hobbesiana, não busca a solução adequada ao problema. Além da negligência pública, é importante a ciência dos efeitos colaterais ligados a inexistência da ação governamental sobre a sociedade. Esta, que necessita dos serviços públicos, busca a sua própria solução imediata: a compra do veículo particular. Nesse sentido, o individualismo do transporte, por fim, concebe perigosos problemas: engarrafamentos de extensões incomensuráveis e, muitas vezes, brigas no trânsito, provenientes do estres dessa ambiência desordenada. Certamente, jornais e portais de informação divulgam regularmente notícias que compravam a insegurança que é o trafegar de carros nas rodovias e ruas do Brasil. As limitações do Transporte Público, portanto, é resultado da total omissão da esfera governamental na boa manutenção do veículo coletivo; e orbita o entorna da sociedade brasileira, sendo necessário a amenização do problema. Para tanto, o Ministério Público deve, juntamente às empresas ligadas ao transporte popular, conceder melhorias dos veículos públicos; fazer investimentos a fim de ampliar o acesso democrático da população menos abastada a esse recurso. Outrossim, a Mídia, como formadora de opinião, deve propagar as melhorias feitas pelo governo e disseminar o uso do transporte coletivo. Para esse, agora, ser se não a única, a melhor opção.