No Brasil, poucos são aqueles que compreendem o sedentarismo infantil em toda a sua complexidade. Por isso, antes de se investir em qualquer ação inapropriada, esse problema precisa ser devidamente entendido tanto em sua significação mais abrangente quanto em seus principais reflexos e entraves. A princípio, faz-se necessário revelar a forma superficial e simplista de como muitos brasileiros compreendem o sedentarismo infantil. Em geral, nota-se uma fraqueza intelectual em relacioná-lo apenas à ideia de má alimentação, desprezando aspectos decisivos como a falta de atividade física, a exposição exagerada à televisão ou videogames que induzem o consumo de comidas altamente calóricas. Assim, com essa ignorância, persistem equívocos que, nos últimos anos, tem deixado sequelas nefastas as quais poderiam ser evitadas. Sem dúvida, a discussão sobre o sedentarismo infantil não deve se afastar do estudo acerca do descompromisso familiar. No Brasil, são evidentes os casos de pais que preferem deixar os filhos na frente da televisão ou do computador por ser mais seguro e fácil de cria-los ou alimentá-los com “fast-food” pela praticidade. Diante disso, revela-se o quanto o protagonismo sociopolítico é imprescindível aos processos de mudança. De todo certo, é preciso suplantar o passado e ir além dos discursos vazios, considerando que as crianças demandam por ações rápidos e eficientes. Por tanto, é necessário que haja cooperação entre os pais e a escola na reeducação alimentar das crianças e no incentivo à prática de esportes e outras atividades físicas, dessa forma abrirão caminhos para uma vida mais saudável e duradoura.