O avanço das tecnologias e da ciência proporcionou, nas últimas décadas, a descoberta de tratamentos, prevenção e qualidade de vida e, consequentemente, o aumento da expectativa de vida dos Brasileiros. Tal conquista vem sendo colocada em cheque, visto que, o sedentarismo infantil e as doenças crônicas estão disseminadas nos centros urbanos. A mudança no estilo de vida e brincadeiras das crianças estão ligadas, principalmente, a insegurança e falta de tempo dos pais. O caos instalado nas cidades, com casos alarmantes de violência urbana preocupa, demasiadamente, os pais. Devido a isso, com o medo da insegurança, impedem seus filhos de brincarem nas ruas e até em espaços apropriados como “playground” de estabelecimentos comerciais e condomínios. Ainda assim, a ausência de tempo e o estilo de vida, observa-se a utilização de meios eletrônicos, tais como computadores, celulares, vídeo game e televisão como babás virtuais, sendo uma alternativa dos pais, como maneira fácil e segura, de entreter as crianças. A superproteção dos perigos externos, deixa brecha para o sedentarismo e, consequentemente, a diversas doenças. Neste sentido, a falta de atividades físicas, principalmente no período de crescimento infantil, e o consumo exagerado de alimentos industrializados e ricos em calorias pode ocasionar a obesidade que, por sua vez, pode levar a outras implicações, tais como doenças cardio vasculares e diabetes. Desse modo, problemas funcionais também podem advir junto ao sedentarismo, provocando atrofia das fibras musculares, perda da flexibilidade e comprometimento de órgãos. Diante do exposto, portanto, o sedentarismo infantil pode provocar a redução da expectativa de vida e deve ser tratado como problema de saúde pública. Neste contexto, pais devem conversar com seus filhos a fim de descobrir as atividades que mais gostam, e então, argumentar e incentivar a prática de atividades físicas. Nas escolas, tal incentivo pode ser proporcionado através de campeonatos e o ensino de variadas modalidades esportivas. Além disso, o acompanhamento de nutricionistas nas escolas e orientação aos pais para continuidade de alimentação saudável em suas casas são bases para a promoção de comportamentos saudáveis e assim, qualidade de vida para a atual e futuras gerações.