Diferente do mal do século presente na segunda geração do romantismo com o sentimentalismo exacerbado e forte melancolia, retratados muito bem pelo icônico poeta romântico Álvares de Azevedo em seu livro de poesias, Lira dos Vinte Anos, o mal do século agora é outro: é o sedentarismo. E também diferente da vida miserável, sofrida e com falta de recursos de uma família de retirantes nordestinos, retratados pelo renomado escritor Graciliano Ramos em Vidas Secas, hoje vivenciamos exatamente o contrário, e estamos colhendo o fruto dos problemas que capitalismo exagerado está provocando. O jeito de conviver entre as pessoas vem sido alterado consideravelmente durante a história. Começamos como nômades, em seguida veio as primeiras civilizações focadas na agricultura, depois veio o comércio e assim por diante. Isso demonstra que as sociedades vêm apresentando um ritmo de progresso constante. E na nossa sociedade contemporânea, a comodidade da vida cercada de tecnologia, associada a correria e estresse do dia a dia a qual o homem moderno é submetido, vem contribuindo para que aclamado mal do século, o sedentarismo, se torne cada vez mais realidade. Isso provoca o aparecimento de moléstias, morte prematura, e inclusive estudos apontam que crianças de 10 anos que levam uma vida com o mínimo de gasto calórico podem ter sua expectativa de vida reduzida em 5 anos em relação à seus pais. Concluí-se que, pelo fato do sedentarismo ser um grave problema, o governo através de políticas públicas precisa reverter essa situação. As soluções são diversas, e é preciso considerar que é um problema inerente à sociedade moderna, e que não há apenas uma e milagrosa solução. Pacientes precisam ser incentivados pelos profissionais de saúde a praticar atividade física, que por sua vez precisam ser premiados pelo estado caso consigam livrar pessoas do sedentarismo; a grande mídia precisa informar as pessoas sobre esse problema; cartazes e folhetos acerca do tema precisam ser espalhados nas ruas, escolas e demais edifícios públicos; escolas precisam oferecer educação física de qualidade, com professores bem capacitados e quadras bem estruturadas; seminários precisam ser promovidos; e seguindo o exemplo da Dinamarca, o governo deve dar algum tipo de benefício às pessoas que troquem o carro pela bicicleta. Espera-se que essa e outras soluções sejam tomadas para que assim haja na sociedade uma cultura de levar uma vida saudável.