''Oh que saudades que tenho, da minha infância querida que os anos não trazem mais''. De certo, Casimiro de Abreu aos escrever Meus Oito Anos, demonstrava a saudade de uma infância rodeada de brincadeiras ao ar livre e lembranças das amizades conquistadas nos arredores de sua casa. Entretanto, a criança do século XXI acomodou-se em um mundo virtual, cujo vídeo game e a internet são seus melhores amigos, consequentemente os levando ao sedentarismo e a auto reclusão social. Em primeiro plano, a tecnologia avançada e o perigo das ruas brasileiras fortifica a decisões da família ao deixar o filho mais tempo na TV. Ao analisar uma sociedade em que a maioria das crianças já sabem mexer com produtos eletrônicos, evidencia um culto a tecnologia, visto que, muitos dos pais preferem deixar seus filhos à frente o computador de que uma brincadeira ao ar livre. Dessa forma, a probabilidade de se tornar uma criança reclusa e sedentária é maior, uma vez que pratica poucas atividades físicas. Outrossim, o sedentarismo provoca doenças que nos dias atuais já são comuns a essa idade, como a obesidade, diabetes e problemas cardíacos. De acordo com a pesquisa divulgada pela Globo, 45% dos jovens sofrem com o sobrepeso, comprovando os índices de sedentarismo na atualidade. Dessa maneira, a alusão de uma vida mais segura sentado a cadeira torna-se falha, visto que, essas doenças podem matar ou deixar as crianças dependentes de remédios controlados ao longo da vida. Nesse sentido, fica evidente que, o sedentarismo precisa ser combatido para tornar a sociedade mais saudável. Para que isso ocorra é necessário que a família incentive o exercício físico adotando ao calendário infantil praticas de atividades aeróbicas e colônias de férias. Soma-se a isso, a adesão de propagandas pela mídia, relacionadas aos benefícios do esporte em horários de público majoritariamente infantil, com intuito incentivar a pratica de brincadeiras e esportes coletivos que os anos não trazem mais.