Em uma das reportagens do Programa televisivo brasileiro, Fantástico, foi retratada a rotina de um garoto de 11 anos que foi impedido de ter uma vida infantil e social normal por conta da obesidade mórbida adquirida através da má alimentação e do sedentarismo. Assim como na reportagem, o sedentarismo ascendente na atualidade é um problema que traz trágicas consequências para as crianças, como a obesidade e dificuldade de socialização. Sendo assim, políticas públicas de amenização desse problema fazem-se necessárias. Com a chegada da Revolução Técnico-Científico-Informacional, a automação dos serviços, agregada às tecnologias da informação, foi alcançada. Como resultado de tal sistema, o uso dos mecanismos tecnológicos, como os celulares, videogames, programas televisivos e a própria internet, de modo geral, foram intensificados. Nesse cenário, quando se levado em pauta as crianças, essa dependência tecnológica tem ocasionado um forte sedentarismo, como aponta um levantamento feito pela Organização mundial da Saúde (OMS), uma vez que tais mecanismos não envolvem gasto calórico ou movimentação corporal. Um dos problemas relacionados a tal situação é o ganho de peso adquirido em proporções geométricas pelas crianças. Nesse contexto, os casos de obesidade e os problemas relacionados à saúde, como a hipertensão e problemas respiratórios e circulatórios, são acentuados. Tais problemas geram, mais tarde, dificuldades de socialização e introversão. Correlativamente, o sedentarismo está relacionado também à diminuição da expectativa de vida das crianças, como mostra a pesquisa feita pelo movimento internacional “Designed To” em que se estima que as crianças tenham uma longevidade menor que a de seus pais em razão do seu estilo de vida estático. Pode-se dizer, portanto, que o sedentarismo constitui um problema temerário para a sociedade brasileira. Sendo assim, são necessárias medidas Governamentais a fim de erradicar tal condição. Para tanto, é necessário que, através do uso de subsídios financeiros, o Ministério da Saúde e do Esporte, em parceria com os governos municipais, disponibilize para as crianças, gratuitamente, atividades esportivas locais, como o desenvolvimento de aulas dança, capoeira, natação, entre outras práticas que envolvem o gasto calórico. Tal atitude possibilita às crianças uma alternativa à utilização tecnológica, diminuindo os problemas causados pelo sedentarismo no Brasil.