Contraposto às brincadeiras – exemplificadas em pique-esconde, pipa, rolimã e amarelinha-, comuns a infância das décadas passadas, observa-se o despontamento da era das modernidades tecnológicas. Nesse contexto hodierno, a taxa de crianças inertes atinge índices alarmantes (de acordo com o site “Body Tech”, 35% das crianças que assistem cinco horas ou mais de TV por dia são obesas), orientada também pelo medo da violência urbana. Desse modo, o crescente aumento de casos de obesidade, depressão e doenças cardíacas em crianças e adolescente está intimamente relacionado ao sedentarismo. A constante violência urbana receia os pais e impede as brincadeiras na rua. A falta de parques públicos e de condições para pagar a mensalidade de clubes esportivos também inviabiliza a prática, ainda dificultada pela ausência de criatividade e tempo para alternativas econômicas, eficientes e viáveis. Dessa maneira, os pequenos ficam restritos ao entretenimento de seus computadores, tablets, videogames e televisões – substitutos de várias atividades que deveriam ser realizadas sem intermédio, por exemplo, a comunicação entre pais e filhos. Outrossim, as mídias exercem influência negativa. Por meio de propagandas, os alimentos mais frequentemente anunciados pertencem ao grupo representado, na pirâmide alimentar, por gorduras, óleos, açúcares e doces, o que, segundo a OMS, tende a agravar o estado sedentário. Ademais, há divulgação contínua de jogos e redes sociais. Dessarte, visando a mitigação da problemática, o Ministério da Saúde deve continuar implantando e implementando polos do programa “Academia da Saúde”, com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados. As famílias, auxiliadas por palestras promovidas em colégios, com apoio do Ministério da Educação, tem a missão de controlar o tempo de uso dos meios eletrônicos e, adequadamente, articular meios criativos para as crianças. Além do mais, as mídias devem prover campanhas que incentivem uma correta alimentação, a prática de exercícios e o cuidado com a saúde.