Na década de 80, as crianças costumavam brincar nas ruas, correndo e se movimentando em diversas atividades. Entretanto, após a Terceira Revolução Industrial que teve como principal característica o avanço da tecnologia, essas brincadeiras foram substituídas por máquinas eletrônicas, trazendo como consequência o sedentarismo infantil. É indubitável que a entrada precoce no mundo tecnológico é um fator determinante para o sedentarismo infantil. Jogos de computadores e videogames são desenvolvidos por indústrias com o intuito de atrair crianças, de modo que elas substituam as antigas brincadeiras pelo entretenimento com base nas novas tecnologias. Assim sendo, esse modo de vida desencadeia sérios danos à saúde, tais como a obesidade e diabetes e também deve reduzir, em média, 5 anos de vida, de acordo com o projeto Designed To Move. Além disso, mesmo diante desses problemas, dentro dos lares e também nas escolas, há um desestímulo à prática de exercícios físicos. Nesse contexto, a atual reforma do ensino médio, na qual a disciplina de Educação Física passou a ser opcional na grade curricular, exemplifica esse desencorajamento. Ademais, dentro de casa o contato com celulares e computadores, acontece desde cedo, pois as crianças sofrem influência dos pais que usufruem desses meios como trabalho e entretenimento. Visa-se necessário, portanto, tomarmos medidas para que as crianças de hoje e das próximas gerações se conscientizem a cerca dos problemas advindos do sedentarismo infantil. A começar pelo governo que deve rever as propostas da nova reforma no ensino médio, a fim de tornar a Educação Física uma disciplina obrigatória. Outrossim, a escola deve incentivar a prática de exercícios físicos, promovendo torneios e o ensino de variados esportes. Por fim, a família deve instigar seus filhos a praticarem as brincadeiras das décadas passadas, as quais estimulem a movimentação física.