Muito se tem discutido acerca do sedentarismo infantil no Brasil, o qual é ocasionado, na maioria das vezes, pela má alimentação, carregada de açúcares e gorduras, e pela inatividade física dos infantes. Por conseguinte, tal quadro, quando não tratado, pode gerar doenças cardiovasculares e metabólicas, além de doenças psicológicas graves. Desse modo, devem-se buscar maneiras de combater o sedentarismo infantil no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5,5 milhões de indivíduos morrem por ano devido ao sedentarismo, o qual está intimamente relacionado com problemas de saúde. Torna-se corriqueiro o fato de crianças trocarem brincadeiras por horas vendo TV ou em computadores, aumentando progressivamente a inatividade física na infância e, concomitantemente, o sedentarismo e a incidência de doenças cardíacas e metabólicas. Dentre as principais doenças instigadas está a obesidade – no Brasil estima-se que 20% dos jovens são obesos -, além disso, doenças como diabetes e arteriais coronarianas, cada vez mais prematuras, podem ocasionar a diminuição da expectativa de vida. Ademais, é crescente o número de infantes acima do peso, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística uma média de 33,4% das crianças entre 5 e 9 anos apresentam tal quadro. O sobrepeso infantil está relacionado com distúrbios psicológicos como depressão e ansiedade e, até mesmo, com a baixa autoestima, uma vez que estes são ocasionados, principalmente, pela insatisfação com a imagem corporal. A cobrança social pelo corpo perfeito e a perseguição na escola gerada pelo bullying suscitam na depressão, que dificulta os relacionamentos sociais, e na ansiedade, que aumenta a compulsão alimentar. Segundo o pensador Jacques Bossuet a saúde depende mais das precauções do que dos médicos, logo, é imprescindível que haja o incentivo à alimentação sadia e à prática de atividades físicas, principalmente nas escolas, através de projetos socioculturais como gincanas esportivas e a promoção lanches naturais. Ademais, é importante que os adolescentes que sofrem com o sobrepeso tenham acesso a um acompanhamento psicológico, por meio do investimento do Estado em centros que ofereçam atendimento a esta parcela social. Assim, ter-se-ia a atenuação das consequências do sedentarismo de jovens na sociedade brasileira.