Na Grécia antiga, o método educacional ateniense possuía, como um de seus principais pilares, a prática de exercícios físicos. Atualmente, após o advento da globalização, a população infantil se encontra em um cenário de excessiva sedentarização. Essa problemática faz surgir um fator essencial para a sociedade contemporânea: o debate acerca das consequências maléficas da ociosidade física infantil. Do ponto de vista biológico, a prática de exercícios físicos corresponde à um dos principais estímulos da produção energética corporal. Isso se dá pela maior produção de mitocôndrias (organelas que participam do processo de produção energética), visando atender às necessidades corporais durante as dinâmicas físicas. Destarte, a baixa prática física acarreta uma gama de crianças com baixo desempenho em atividades como estudar e brincar. Da mesma maneira, a sedentarização acarreta patologias como a obesidade, que de acordo com dados do IBGE, do ano de 2013, atinge uma em cada três crianças brasileiras. Essa, por sua vez, formenta quadros de diabetes, hipertensão, colesterol elevado e até mesmo depressão. Portanto, nota-se que o déficit na prática física promove uma diminuição da qualidade de vida e saúde. O processo de combate à sedentarização infantil é longo, mas alcançável. Dessa forma, podem ser criadas campanhas conjuntas entre o Ministério da Saúde e o Ministério da educação, tais como a promoção de cursos gratuitos, presenciais e on-line, que apontem a conscientizem os pais brasileiros acerca de práticas e alimentos salutíferos e acessíveis para seus filhos. Concomitante a isso, as escolas devem incentivar a prática de exercícios e alimentação saudável, por meio da promoção de campeonatos esportivos e a adoção de lanches benéficos em suas cantinas e refeitórios.