O sistema econômico capitalista rege o mundo ocidental desde o declínio do modo de produção feudal. A incessante busca pelo acúmulo de capital fez surgir o interesse pelos mais diversos públicos-alvo. A inserção da criança nesse universo de consumo influencia em seu desenvolvimento e constrói cidadãos de valores superficiais. No que se refere ao âmbito familiar, é notável a falta de diálogo entre pais e filhos a respeito dos efeitos do consumismo. Ao contrário disso, as escolhas dos pequenos são aceitas sem que seja ponderado ou avaliado o que é ou não necessário. Somado a isso, podemos dizer que a mídia tem investido fortemente na propaganda direcionada a esse público, feita sem limites éticos, de forma que não respeitam o poder de discernimento que varia com a faixa etária. Esse poderio midiático pode ser exemplificado pelo de 83% das crianças serem influenciadas pela publicidade infantil, de acordo com a recicloteca. Desse modo, é imprescindível que medidas sejam adotadas para que a formação das gerações futuras seja menos impregnada pelos ideais pouco profundos disseminados na sociedade. Cabe à família, a orientação com objetivo de desenvolver o consumo consciente; às escolas, despertar o pensamento crítico a cerca do conteúdo televisivo; à mídia, desenvolver programas e anúncios que sejam condizentes com a idade dos seus telespectadores.