Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 26/04/2016

A Revolução Industrial, ao longo dos séculos XVIII e XIX, propiciou a consolidação do capitalismo e, por conseguinte, o pensamento de uma sociedade baseada na aquisição de recursos firmou-se e permaneceu forte. Assim, como forma de gerar lucros, surge a problemática da inserção, cada vez mais precoce, do público infantil no consumismo imposto por essa lógica cobiçosa que, ainda hoje, persiste intrinsecamente ligada à realidade global, em função da lenta mudança de mentalidade social, suscitando, pois, em consequências às futuras gerações. No humanismo, quem determina o que é certo ou errado é o homem. De maneira análoga, é possível perceber que as convicções da economia capitalista determinam que o certo é usufruir de bens de consumo. Com isso, é válido analisar que uma criança, ao deparar-se com propagandas que dispõem de personagens animados, é facilmente persuadida a querer usufruir do produto anunciado. Evidencia-se, então, que os infantes são guiados ao consumismo exagerado, ou seja, serão consumidores inscientes que gastam dinheiro exageradamente com produtos desnecessários, causando o aumento do desperdício, bem como o descarte incorreto de resíduos urbanos. Contudo, a sociedade está longe de erradicar esse impasse, pois, segundo o filósofo Edmund Burke, o homem é naturalmente mau, por isso, a sociedade serviria para civilizá-lo. Entretanto, se a sociedade, influenciada pela economia capitalista, determina que o certo é usufruir de bens de consumo, o homem é mau no que se refere a não seguir essa lógica desde o nascimento. Logo, se uma criança vive em uma família com comportamento capitalista, tende a adotá-lo também, por conta da vivência em grupo. Consequentemente, o fortalecimento do pensamento consumista, transmitido de geração a geração, funciona como forte base para a continuidade da problemática. Fica clara, portanto, a necessidade de educar os infantes, a fim de desenvolver sua criticidade em relação ao que deve ou não ser comprado – ao que é certo ou errado. Desse modo, faz-se necessário que o Ministério da Educação promova campanhas veiculadas às emissoras abertas de televisão e às redes sociais, com o intuito de educar as crianças financeiramente, por meio da propagação de um conteúdo sobre a importância de não desperdiçar. Ademais, cabe à ONGs incentivar a doação de produtos não utilizados para famílias carentes, tal qual, instruir a população sobre o descarte correto de resíduos. Desse modo, a lógica cobiçosa que persiste há séculos será minimizada gradativamente.