A criança por ter sua identidade sociocultural ainda em formação torna-se alvo de publicidade maciça em prol do consumo de produtos. Somada a isso, a permissividade dos pais leva as crianças a um estado de alienação e consumismo. A formação maciça de consumidores mirins gera consequências éticas, econômicas e sociais. A criança consumista desenvolve critérios e valores distorcidos, que levam ao abandono da infância, visto que, crianças consumistas preferem visitar shoppings a parques, por exemplo. Aliado a isso, há ainda o desejo pela beleza, no qual crianças cada vez mais novas utilizam produtos cosméticos na tentativa de imitar os adultos, esse fato resulta na erotização precoce. Além disso, o consumo exacerbado gera uma competição entre as crianças, que sempre desejam ter mais que o próximo, há ainda o estresse familiar, pois os pais que impõem limites, geralmente são vistos como vilões, e os mais permissivos muitas vezes ficam endividados. O consumo em larga escala promove ainda, problemas de saúde, como a obesidade, já que a publicidade alimentícia é em sua maioria de produtos com alto teor de açúcar e gordura. Como consequência direta, há ainda a degradação ambiental causada pela retirada de recursos para suprir os desejos dos pequenos e pelo desperdício e descarte incorreto desses produtos cada vez mais efêmeros. Para que a infância seja preservada em sua essência, faz-se necessária a criação, pelo estado, de uma legislação eficaz contra a publicidade infantil, além de educação em alerta aos perigos do consumo desenfreado. Os pais e responsáveis, por sua vez, devem controlar o que as crianças assistem e orientar quanto aos valores do ser e não do ter.