Nos anos 1930, nascia nos EUA o keynesianismo, sistema político- econômico que levou à ascensão o “american way of life” (modo de vida americano). Para que se fosse alcançado o sucesso deste modelo, buscou-se educar uma classe consumidora cada vez mais jovem, para que assim, pudesse ser incentivado o aumento do consumo por toda população. Contudo, esta tática passou a ser usada de forma abusiva, tornando-se responsável pela geração do consumismo infantil, o qual causa danos severos –e em muitos casos irreversíveis- a indivíduos em processo de formação. O incentivo ao consumo infantil se dá por meio de anúncios publicitários chamativos e, que muitas vezes, utiliza super-heróis e princesas tidos como ícones do mundo jovem. Este tipo de propaganda dialoga diretamente com a criança e, por gerar o desejo de posse, influencia a constituição de sua base afetiva, gerando o sentimento de imediatismo. Entretanto, quando os pais não podem realizar os desejos dos pequenos, estes entram em estado de frustação, pois se veem incapazes de alcançar a “felicidade” proposta pela mídia. Além disso, relaciona-se o exponencial aumento dos índices de obesidade infantil à distribuição de brinquedos por redes de fast-food e à associação de personagens de desenhos animados a produtos industrializados. Como consequência deste crescimento, nota-se o surgimento de outros problemas, como a concepção de uma geração, cada vez mais cedo, propensa a desenvolver diabetes e hipertensão e, que a cada dia, se torna mais sedentária. Mediante este processo, já é possível visualizar a queda da qualidade de vida em idades mais avançadas, gerada por erros no período infantil. Portanto, para resolução deste problema, faz-se necessária o adoção de medidas severas, para que assim, haja a minimização de danos no curto e médio prazo. O Estado, por meio do fortalecimento de leis e instituições que já visam o controle da publicidade infantil, deve tornar mais restrita tal prática, fazendo com que as propagandas só possam dialogar com os pais, e não mais persuadir o público infantil. Ademais deve proibir qualquer associação de personagens a produtos alimentícios, além de, por meio de campanhas governamentais, incentivar a prática de exercícios físicos por toda população. Em junção a isso, a escola, no ensino primário, deve trabalhar educação financeira nas aulas de matemática, para que desta forma constitua consumidores cada vez mais conscientes.