Crianças são consumidores secundários de uma cadeia alimentar econômica. Produtos são as substâncias não biodegradáveis que se acumulam ao longo dessa cadeia. O consumismo infantil atrapalha o desenvolvimento dessa geração e passa, às próximas, o mesmo fardo. Como consequência primária, acultura de consumo infantil impede o processo de educação plena da criança. Uma vez que vemos os valores invertidos à realidade comercial, observados na importância do "ter" na modernidade. Ou ainda pela reprodução de comportamentos longe do saudável, praticados por adultos próximos, como a incorporação do "tempo é dinheiro". Essa falha no crescimento crítico e social do infanto pode levá-lo a espelhar parte das enfermidades atualmente vistas como auto insatisfação ou cobranças exageradas. Seu futuro é comprometido e certamente os das gerações por vir. Uma segunda reação desse consumo é a manutenção do sistema midiático. As propagandas inventarão ainda novas necessidades e à elas novos produtos. Os jovens de hoje, pais de amanhã, que cresceram nessa cultura, tendem a incentivar o mesmo consumo, pregar as tradições, fortificar os costumes. O consumismo infantil é a jogada mestre do marketing; construindo infinitos mercados e ampliando, em décadas, seu público alvo. Portanto, pelo melhor desenvolvimento de nossas crianças e pela vida saudável dos nossos netos, mudanças são imprescindíveis. A curto prazo, os pais devem conscientizar seus filhos das reais necessidades e dos valores éticos. Em maior tempo, que o governo regule a publicidade infantil, diminuindo o bombardeamento propagandístico. Por esses meios, juntos, teremos uma sociedade mais responsável e crianças vivendo sua real infância.