Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 17/04/2016

É fato que as Revoluções Inglesas e a disseminação do liberalismo econômico, defendido por Adam Smith, tiveram papel essencial na construção do nosso sistema econômico. Mesmo com todas as modificações, as relações de consumo e o lucro permanecem e agora bem mais aperfeiçoados. Dessa forma, as crianças também passaram a ser o público-alvo de muitos produtos, propagandas e estratégias, pois são facilmente influenciáveis e quando desde cedo desenvolvem o hábito do consumo, dificilmente mudarão ao longo da vida. É na infância que ocorrem os primeiros processos de socialização e a criança tem contato com o mundo e seu funcionamento. Nesse período, as crianças constroem seus valores, visões, crenças, seu caráter cidadão e até o senso crítico. Por esse motivo, elas ainda não têm discernimento para atribuir necessidades ou decidir conscientemente adquirir algum produto. Sabendo disso, os pequenos se tornam alvo fácil das grandes empresas. Assim, quando o consumo exagerado se torna um hábito desde a infância, é não só possível como provável que esta criança mantenha tal hábito e se torne um adulto consumista. Nesse contexto, com crianças e adultos consumistas, geramos uma série de outros problemas, principalmente ambientais. O consumo desnecessário gera diretamente uma maior quantidade de lixo. Os resíduos, frequentemente, não apresentam descarte adequado. Desse modo, impactos ambientais como contaminação do solo, das águas subterrâneas por materiais tóxicos, entre outros, refletem diretamente na sobrevivência dos ecossistemas e também na nossa vida. Um exemplo claro dessa situação é a bioacumulação, provocada por toneladas de lixo eletrônico que não recebem o descarte adequado. Portanto, é evidente como o consumismo infantil gera impactos negativos em toda a sociedade. Logo, se faz necessário a adoção de medidas que visem evitar as situações mencionadas. Para isso, o Estado deve adotar políticas mais rígidas quanto à publicidade destinada as crianças. Isso poderia ser feito não só proibindo à associação de personagens famosos à produtos, como também determinando limite máximo de tempo destinado à propagandas nos meios de comunicação. Além disso, os pais e responsáveis têm papel fundamental na construção do pensamento crítico das crianças, atuando como moderador e interventor no processo de consumo. Saber dizer não e dialogar com as crianças é muito importante. Ademais, as escolas devem mostrar as crianças que os bens materiais muitas vezes não são prioridade, como a leitura de fábulas que contenham esse tipo de moral da história.