Tema: As consequências do consumismo infantil. Muito se tem discutido, recentemente, acerca das consequências do consumismo infantil para as futuras gerações, haja vista o alto grau de influência das crianças nas decisões de compra de seus pais. Além disso, também contribui para essa questão a cultura capitalista na qual a atual sociedade está inserida, o consumo desenfreado e as facilidades da vida moderna remetem a aquisição de produtos e serviços geralmente desnecessários, instigados por valores e regras morais que ignoram os resultados patológicos dessa obtenção. Ao encontro disso, as decorrências do consumismo infantil são constatas em pesquisa realizada pela TNS/InterScience, onde assegura que pelo menos 80% das compras familiares brasileiras são influenciadas por crianças, dado que são mais facilmente manipuladas pelas mídias publicitárias. Somado a constatação do Ibope 2015 que as crianças passam mais de 5 horas a frente da TV, o impacto gerado por este “lazer” não assistido pelos pais, é o estímulo cada vez mais constante da cultura do consumismo. Sendo assim, além de um controle mais rigoroso e saudável das atividades infantis pelos pais e ainda, ações públicas para o controle e fiscalização dos conteúdos expostos ao público infantil devem ser sistematicamente adotadas por nossa sociedade. A partir disso, nota-se outro ponto resultante do consumo infantil, trata-se do impacto ambiental gerado pela indiferença entre o que é bom ou ruim na formação das crianças, isto porque para saciar o mercado consumista, cada vez mais se explora os recursos naturais de nosso planeta. Dado que é preciso preservar o meio ambiente em prol da sobrevivência humana, devemos repensar nossas atitudes, seja quanto ao descarte de resíduos tais como lixo plástico usado em brinquedos dados como “brindes” por grandes redes alimentícia, seja quanto ao lixo de papel usado na embalagem de presentes. Desta forma, ensinar a importância da preservação e incentivar as crianças, em grupos escolares ou familiares, a participar de ações para proteger e preservar o meio ambiente, torna-se um bom propósito para professores e pais na busca de um futuro sustentável. Pode-se, com esse raciocínio, afirmar ainda que resulta do consumismo infantil uma das mais preocupantes patologias da saúde atual: a obesidade infantil. Relacionada com o tipo de alimentação “ofertada” às crianças e as comodidades da vida moderna, a aquisição de alimentos com alto teor de sódio, gordura trans, gordura saturada e principalmente de açúcar, somadas ao sedentarismo moderno reduz em cerca de 10 anos a vida adulta desses jovens, além de preconizar o uso de medicamentos para o combate de doenças tais como pressão alta e diabetes. De modo que, é de fundamental importância que o governo propicie espaços públicos de lazer para integração social dessas crianças, e conseguinte, o incentivo dos pais em introduzir e informar os benefícios de um cardápio saudável na vida dos filhos além de estimular brincadeiras tais como pega-pega, andar de bicicleta, natação. É imprescindível que todos se conscientizem de que a responsabilidade das consequências do consumo infantil, são tanto da sociedade, do governo, das empresas, cada qual em seu processo, em sua escala de participação. Logo ações para reduzirmos os impactos negativos desse consumismo, devem ser tratadas em conjunto, para produção de adultos conscientes e responsáveis, ativistas de boas práticas que assegurem um futuro com melhor qualidade de vida.