Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 06/01/2017

No século XXI, consumidores de todo o mundo têm sido, diariamente, bombardeados por centenas de propagandas comerciais. No Brasil, dentre os diversos tipos de público alvo possíveis, um em especial tem sido o mais manipulado pela publicidade: as crianças. Assim, o consumismo infantil fora considerado uma questão pública, na medida em que suas consequências têm sido cada vez mais alarmantes para as gerações futuras. Durante o desenvolvimento da criticidade e de funções neurais responsáveis pela formação do indivíduo, o público infantil é, de fato, o mais vulnerável e influente dos consumidores: cerca de 80% das decisões de compra de uma família são atuadas pelas crianças. Dessa forma, propagandas de teores ludibriosos não economizam nos gatilhos usados para persuadir o público infantil, sejam eles associados à personagens animados ou à brindes e afins. Deste modo, visa-se, sobretudo, o lucro provido de uma criança e posterior adulto consumista, com educação financeira deficitária e fiel às marcas. Por conseguinte, o uso excessivo de produtos, principalmente alimentícios, enaltecidos pelos meios de propaganda às crianças pode também trazer hábitos destrutivos a esse público, o que causa uma gama de alterações na saúde tanto durante a infância como na fase adulta. Por isso, problemas como a obesidade, o uso precoce de álcool e até mesmo a erotização precoce estão cada vez mais recorrentes dentre os pequenos, e, em paralelo, posteriores adultos desenvolvidos a partir de critérios e valores distorcidos: um desequilíbrio em proporções abrangentes às futuras gerações. Portanto, diante dos pontos analisados, torna-se necessária a mobilização de toda a sociedade para frear o consumismo infantil. Para isso, o Governo deve tornar rígida a legislação para avaliar propagandas, sobretudo as direcionadas ao público infantil, além de multar aquelas que usarem artifícios neurais para ludibriá-lo. Outrora, ONGs devem criar campanhas para alertar os pais sobre as influências direcionadas às crianças e suas possíveis consequências. Ademais, a família aliada à Escola deve guiar a criança sobre a duplicidade entre a necessidade e o consumo em excesso, através de palestras às crianças sobre como ele pode afetar a saúde e a vida adulta, pois, de acordo com o célebre John Piper: " a marca da cultura de consumo é a redução do 'ser' para 'ter' ".