Propagandas com músicas divertidas. Muitas cores. Personagens infantis estampados. Esta se tornou a fórmula para estimular o consumo das crianças, que, a todo momento, são bombardeadas com publicidades que seguem o mesmo padrão e visam estimular o desejo de compra. Dessa forma,é preciso adotar medidas que direcionem, desde os primeiros anos de vida, o indivíduo a seguir o caminho contrário e consuma de forma consciente. É preciso considerar, antes de tudo, que o mercado direcionado ao público infantil vem crescendo de forma assustadora, Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, hoje, a sociedade vê mais comerciais do que as pessoas viam durante a vida inteira a cem anos atrás e, infelizmente, grande parte deles é feito para aqueles que, ainda ingênuos, são o alvo mais fácil de se conquistar, visto que, nesta faixa etária, a grande maioria, não tem capacidade crítica para avaliar a real necessidade do produto oferecido. Além disso, parte do que é consumido pela família é escolhido por eles, contribuindo ainda mais para que o foco das empresas se voltem para os pequenos. Cabe ressaltar, contudo, que deixar a escolha na mão deles pode gerar graves consequências. Muitos pais tentam estimular um consumo saudável, porém, sem apoio este processo se torna muito difícil e a maioria acaba se rendendo aos desejos de seus filhos. A interferência disso pode ser claramente analisada na mudança de hábitos alimentares que vem ocorrendo nesta camada após, esta, se tornar o ponto de grande interesse das industrias alimentícias e empresas de fast food que oferecem brindes e embalagens com seus desenhos favoritos. Em decorrência desses fatos, dados revelados pelo IBGE mostram que a obesidade infantil vem crescendo de forma acelerada no Brasil, o que está fortemente ligado a nova forma de consumir adquirida por eles. Fica claro, portanto, que uma nova postura deve ser assumida para resolver esta problemática. O governo deve criar leis que regulem a publicidade voltada a infância, proibindo o uso de recursos abusivos que estimulem à compra e, dessa forma, passem a respeitar à ingenuidade deste público. A escola deve servir de apoio à família, ministrando palestras educativas e desenvolvendo projetos educacionais que ilustrem os problemas e as consequências causadas pelo consumo exagerado. Somente assim, os guiando a uma forma consciente de consumir, todos poderão seguir a mesma direção.