De fato, o sistema que integra as relações mundiais é o capitalismo, esse possui como principal característica o consumo frequente. Em pleno o século XXI, o estado de consumidor é facilitado pelos avanços tecnológicos e recursos midiáticos. Um dos grupos da sociedade mais afetado é o infantil, demonstrando uma grande interferência nos rumos da economia. Essa situação acarreta em riscos ao desenvolvimento psicológico e físico desses menores, tendo a sutileza de sua infância retirada para dar lugar ao consumismo irracional. Em primeiro plano, é importante destacar que segundo o Ibope - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, as crianças brasileiras assistem à programação de TV cerca de cinco horas e meia por dia. A cada propaganda voltada a esse público, durante o período, surgem potenciais desejos de consumo. Tais, muitas vezes, não podem ser sanados pelos seus responsáveis. Jogos e brinquedos são os produtos mais cobiçados, tê-los em grande e diversificada quantidade é uma maneira de se destacar entre os amigos. Meninos e meninas passam a julgar uns aos outros, excluindo aqueles que não possuem determinados objetos e valorizando os possuidores. O psicológico fica afetado, a desordem na construção da moral infantil é estabelecida e conduzida pelo consumo. Além disso, a rede televisiva também é usada por empresas de fast food e indústrias de alimentos, ambos focados no grupo infantil. Essa relação agrava uma das maiores epidemias do século XXI, a obesidade. Com brindes, cores chamativas e personagens famosos, redes de comida rápida, como o McDonald's, ativam o desejo de consumo das crianças. O problema se estabelece pela alta concentração de sódio, açúcar e gordura nos lanches vendidos, fazendo com que os consumidores mirins sejam expostos de modo precoce a doenças graves, como diabetes, e ganhem peso rapidamente. A saúde infantil é colocada em risco pelo consumo excessivo desse produtos. Portanto, consumir é um estado do sistema capitalista, as crianças não escapam de suas consequências. Para que haja uma diminuição dessas, é preciso ação em conjunto de profissionais da área da saúde, assistente sociais e psicólogos à elaboração de projetos os quais protejam o grupo infantil dos abusos das propagandas. Essa interação deve também alertar os pais acerca da influência de suas ações como consumidor sobre os filhos. Leis precisam ser feitas, a fim de reduzir os excessos de propagandas ao longo da programação televisiva infantil. Logo, haverá uma maior responsabilidade no tratamento desse grupo de menores dentro do capitalismo, minimizando seus danos em longo prazo.