Antes do século XX, sem as grandes corporações e os muitos meios de comunicação, os sonhos eram mais tangíveis, os costumes mais simples e também as brincadeiras infantis. Com o super crescimento industrial das últimas décadas, intensificou-se a busca por novos consumidores, até o ponto em que as crianças tornaram-se o público alvo. Muitas vezes a função dos pais é passada de maneira indireta a um produto eletrônico, que em muitos casos entretêm por horas a fio os pequenos. A criança, dentre outras coisas, fica prostrada diante da televisão, mas além de assistir desenhos, é submetida a um bombardeio de propagandas. São alimentos, roupas, lancheiras… A lista é longa, tornam-se então ávidos consumidores. Visando evitar tal exposição, alguns países já restringem a propaganda dirigida à crianças, como é o caso da Coreia do sul, Itália e Noruega, sendo que neste último, a propaganda direcionada a criança é proibida. No Brasil, infelizmente ainda não há nenhum tipo de fiscalização, nos intervalos comerciais de programas infantis assistimos a uma enxurrada de produtos direcionados ao público infantil. Com tanta exploração do marketing infantil, torna-se necessária a criação de meios de proteção a esse tipo de consumidor. Necessitamos restringir a quantidade de propagandas por intervalo, além de debates nas salas de aula visando alertar a criança sobre a futilidade de muitos produtos. Faz-se necessário ainda, a desmistificação do pensamento sugerido nas campanhas publicitárias, de que comprar itens de seu personagem favorito o deixará mais próximo dele ou facilitará a aceitação em um grupo de amigos.