Propagandas fantasiosas. Personagens infantis. Embalagens chamativas. Brindes associados a mercadorias. Esses são alguns dos vários artifícios, usados pelas empresas, com o objetivo de estimular o consumo infantil. Com a propagação dos meios de comunicação e com o amplo alcance dos apelos publicitários, voltados para o público infantil, as crianças são levadas ao consumo em idade precoce. No entanto, é notório que o consumismo infantil é prejudicial para a formação desses futuros adultos. A medida em que as crianças são persuadidas pelos meios propagandísticos e inseridas na parcela de consumidores, o desenvolvimento delas é prejudicado. As crianças por não possuírem senso crítico para discernir suas reais necessidades e os objetivos do setor empresarial, são facilmente manipuladas pelas várias estratégias persuasivas do sistema capitalista. Assim, as crianças desenvolvem a noção errôneas de que todos as mercadorias que lhes chamam a atenção devam ser adquiridas. Isso causa danos ao desenvolvimento infantil, haja vista que não são conscientizadas acerca da manipulação empresarial. Ainda o habito do consumo na infância pode acarretar danos graves à vida adulta. É comum as pessoas que, quando crianças, não tiveram limites impostos pelos pais na hora das compras, ou que não desenvolveram, ao longo de sua formação, o habito de comprar apenas o que é preciso, cheguem a idade adulta como consumidores compulsivos. O resultado disso na maior parte da vezes é a aquisição de imensas divididas, o que frequentemente leva tais indivíduos à frustração , uma vez que não se pode mais manter o nível de compras e as dívidas não são fáceis de serem quitadas. Diante disso, para que o consumo infantil não tragas problemas a formação dos brasileiros é preciso que mudanças sejam feitas. É necessário que o poder legislativo crie leis mais rígidas em relação a publicidade voltada para o público infantil, com a finalidade de garantir que as crianças não sejam vítimas da persuasão empresarial. Ainda, é preciso que os pais dialoguem com os filhos, desde cedo, sobre a importância do consumo consciente, a fim de fazer com que eles não sofram facilmente a influência publicitária. Por fim, é imprescindível que escolas criem projetos que levem ao alunos conhecimento financeiro básico, para que esses tenham consciência do sues papeis como consumidores. Só assim, a longo prazo, os efeitos do consumo infantil não provocarão resultados catastróficos a formação das crianças.