É notável a existência de publicidade direcionada ao público infantil nos principais meios de comunicação. As empresas publicitárias anunciam produtos a fim de vendê-los aos adultos incitando as crianças, que seriam “alvos fáceis”, mais influenciáveis. Porém, essa prática, muitas vezes imoral, pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Essa prematura inserção das crianças no mercado é nociva à medida que a criança sente cada vez mais a necessidade de consumir. É criado, portanto, um sentimento consumista, desenvolvendo-se um apego em excesso ao material em detrimento ao sentimental. Dessa forma, a formação do indivíduo como solidário e contribuinte ao coletivo é ameaçada, pois o apego material favorece o individualismo. Sendo assim, a postura de algumas empresas publicitárias é inadequada. Porquanto, tendo em vista que crianças não possuem senso crítico suficiente para discernir o que é melhor para si mesmas, promover o consumo por meio do público infantil é inaceitável. Esse problema toma proporções nacionais, sendo de notória importância medidas que o solucione. Desse modo, órgãos do Estado devem agir de forma abrangente contra publicidades voltadas ao público infantil que contêm conteúdo apelativo, assim, punindo com multas empresas envolvidas. Além disso, o poder público pode incentivar por meio de campanhas que os adultos, pais ou familiares denunciem tais publicidades, e que eduquem as crianças a fim de que elas não cedam ao padrão consumista e individualista que é imposto. Portanto, o meio publicitário para o público infantil é imoral ao promover o consumismo em crianças, aproveitando-se da ingenuidade inerente à idade. Por conseguinte, em longo prazo haverá uma população egoísta, prejudicial à harmonia social. Tais publicidades devem ser abolidas, com o Estado e a sociedade cooperando para a construção de pessoas mais coletivas e infâncias mais saudáveis.