Título da redação:

O meio os faz consumistas.

Tema de redação: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 30/05/2016

Segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano, uma criança que nasce em Nova Iorque, Paris ou Londres irá consumir, em toda sua vida, mais que cinquenta crianças que nascem em um país como a Índia. O fato é que as pessoas criam seu perfil de consumo a partir do meio em que estão inseridas. Sendo assim é possível dizer que o hábito do consumismo está ligado ao fator econômico criando um padrão cultural no meio em que vive o indivíduo. Com o crescimento dos meios de comunicação, as crianças se veem cercadas, desde o nascimento, por aplicativos de internet e canais voltados especialmente ao público infantil, dando diversão aos filhos e tranquilidade aos pais. A mídia, com o uso de mecanismos de entretenimento, garante a atenção dos pequenos e, com isso, os adultos, cada vez mais atarefados, deixam, por conta dela, a tarefa de mostrar a eles o universo ao seu redor. A partir daí, a publicidade expõe um mundo utópico do consumo para as crianças, desenvolvendo, desde cedo, a cultura do gasto supérfluo. Em decorrência desse cenário, a visão adquirida na infância se fortalece na fase adulta e cria indivíduos cada vez mais reféns do consumismo. Com isso, esse costume acaba sendo repassado às gerações seguintes e podemos notar, assim, um ciclo em que consumir é o principal objetivo de vida de quem nasce nesse hábito. Os riscos dessa prática podem ser graves e vão desde nome "sujo" à perda de bens por consequência de um péssimo controle das próprias finanças. Fica claro, portanto, que o ambiente econômico influencia diretamente no modo como a sociedade se comporta com a área financeira. Dessa forma, é importante ressaltar o poder dos pais em relação ao futuro de seus filhos, sendo fundamental que eles deem a seus herdeiros uma base de educação financeira, evitando que o ciclo vicioso do consumismo se fortaleça. A mídia, apesar de ter o direito a liberdade de expressão, deve respeitar a ideia de educação financeira, minimizando seu foco, cada vez maior, a propaganda infantil. Os Estados, por meio do setor de comunicação social, devem fiscalizar as propagandas liberadas ao público, a fim de ajudar na formação de indivíduos mais equilibrados em seus gastos. As escolas devem ter em sua grade curricular noções de educação financeira para reforçar uma mentalidade saudável em relação ao dinheiro. A partir da tomada de consciência, o homem estará pronto para lidar com seu anseio consumista.