Título da redação:

O consumismo infantil não é brincadeira!

Tema de redação: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 12/06/2016

É comum ver-se meninos que deixam de jogar bola para se concentrarem em seus "video games" ou meninas, desde muito novas, vestidas com sutiã, saia, salto alto, maquiagem, como suas mães ou heroínas, princesas que vêem na televisão. Há quem ache isso bonitinho, mas na realidade é uma consequência preocupante da sociedade capitalista e dos seus artifícios para promover o consumo, em que as crianças, mais facilmente persuadidas, tornam-se alvos importantes da publicidade. Bombardeadas por propagandas de brinquedos,aparelhos e jogos, as crianças têm deixado de lado o exercício da criatividade e do brincar para se ocuparem, por exemplo, com "games", super-heróis e bonecas que já trazem consigo uma personalidade e história definidos, seja pelo filme ou desenho animado dos quais são personagens. É construída assim, uma massificação das brincadeiras, hábitos e desejos infantis com a perda da imaginação e individualidade de cada criança. Em sequência e levando em conta que grande parte dos produtos consumidos por uma família é a criança que escolhe, quando crescerem os infantes serão jovens mimados e egoístas, ainda sem individualidade, "outdoors" ambulantes das marcas que usam e sem a noção do custo, esforço e trabalho feitos para a realização dos seus desejos. E quando adultos, serão consumistas, satisfeitos e felizes apenas com o comprar e o ter. Pode-se citar ainda que o consumismo infantil cria, na mentalidade ingênua das crianças, essa noção do ter como forma de inserção, de superioridade ou poder que, em contraponto, gera a exclusão social. O psiquiátra Carl Jung dizia que o homem nasce original e morre cópia. Seguindo essa linha, conclue-se que o consumismo infantil afeta a formação social e até moral da criança, repercutindo na sua juventude e idade adulta. Em um plano maior, favorece uma sociedade consumista, egoísta e massiva, mas vazia de valores interpessoais. Por isso, é necessário a ação do Governo Federal e de órgãos de fiscalização em regular a publicidade exarcebada. A isso deve- se somar o estímulo familiar e escolar à constituição crítica, criativa e moral dos infantes.