A persuasão capitalista vem alcançando cada vez mais os indivíduos graças à difusão dos meios de comunicação em massa como jornais impressos, rádios, revistas, televisão e particularmente a internet. O foco de tais publicidades persuasivas também vem aumentando, passando a atingir não somente os adultos, mas as crianças que dos adultos dependem, podendo gerar sentimentos precoces nas crianças, que provavelmente serão nocivos quando amadurecerem. O desejo abusivo pela venda e a preocupação de convencer o determinado nicho do produto a comprar cresceu logo após a Idade Média, com os burgueses, onde técnicas de persuasão foram se aprimorando até chegar ao que se encontra hoje, com publicidades extremamente apelativas e por muitas vezes enganosas. As propagandas destinadas ao público infantil pecam em expressar tamanha necessidade pelo produto oferecido, expressando que aquilo é algo de que as crianças realmente necessitam, gerando uma ansiedade em comprar ou uma frustração por não conseguir, podendo refletir na fase madura da criança. Uma criança intima de uma ansiedade pela obtenção de determinado brinquedo, por exemplo, assim como prováveis frustrações vindas da não realização de suas ansiedades materiais, se tornará um adulto acomodado a tais desejos e sentimentos, não os enfrentando e estando sempre reféns das publicidades. Tal ciclo é fruto de publicidades imprudentes, onde visam obter-se lucro a todo custo, gerando nas crianças sentimentos que deveriam ser conhecidas por elas apenas quando maduras, pois apenas maduras elas saberiam como lidar com tais impulsos. Portanto, as publicidades expostas em meios de comunicação destinadas às crianças devem ser reconstruídas, tendo como aditivo grande quantidade de prudência, pois a intensidade persuasiva das propagandas destinadas aos adultos não deverão ser a mesma intensidade destinadas ao público infantil, crianças não são maduras o suficiente para saber digerir tais informações. Tal prudência, junto com publicidades menos apelativas, já seria uma grande medida para mantê-las longe de desejos materiais impulsivos, destinando tal responsabilidade apenas à suas maturidades.