O poema "Eu, etiqueta", escrito por Carlos Drummond de Andrade, no qual o eu lírico reflete a respeito de símbolos publicitárias em suas vestimentas, faz uma crítica ao consumismo. Essa prática é atual e atinge principalmente as crianças. Por meio das propagandas e figuras natalinas, os menores são logo cedo participantes do sistema capitalista. É importante pontuar, de início, que a publicidade infantil está relaciona ao tema, posto que, a televisão e a internet têm ajudado para que as crianças se tornem prisioneiras de certas marcas. Essa afirmação pode ser associada a canção "Geração Coca Cola", cantada por Renato Russo, que afirma que desde pequenos somos programados pelos meios de comunicação a sermos consumistas. Ou seja, a propaganda possui o poder de convencer o indivíduo desde cedo a comprar, tornando-o um robô, não programado para pensar, e sim reproduzir. É fundamental citar, também, que o menor de idade não possui salário, então utiliza os pais para conseguirem o que anseiam. Essa realidade está exposta na figura do Papai Noel, visto que a criança pede para o bom velhinho o presente que deseja, e os responsáveis para não extinguir a fantasia, realizam sua vontade. Por consequência, a família é manipulada e a maioria de seus produtos consumidos são escolhidos pela própria criança. Em razão aos fatos mencionados, cabe ao Governo Federal por meio do órgão Ministério da Educação (MEC), produzir palestras, com ajuda de psicólogos, que orientam os pais sobre como devem se posicionar diante dessa realidade. Além disso, elaborar atividades, também com auxílio de profissionais da área, que conscientizam os alunos desde cedo sobre o poder do consumismo. Afinal, como cantou Renato Russo: "Depois de 20 anos na escola, não é difícil aprender."