No que se refere às consequências do consumismo infantil, é possível afirmar que tal dispêndio, quando tão precoce, afeta não só a relação do indivíduo com seu meio social, mas também com o meio ambiente, visto que quanto maior for a consumação, maior será a quantidade de descarte, ou seja, um maior volume de lixo produzido. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social. Daí a necessidade do indivíduo em adquirir bens que, por vezes supérfluos, servem apenas para se inserir no seu meio. Tal atitude não diz respeito somente ao público adulto, mas também ao infantil, o que é ainda mais grave, já que, nessa fase, absorvem muito mais informações, podendo ser agravada durante seu desenvolvimento. Além disso, o papel dos pais e responsáveis é importantíssimo, uma vez que podem atuar, tanto como filtro, selecionando os conteúdos publicitários voltados ao público infantil, quanto incentivadores do consumo precoce, pois, dessa forma, a aquisição de bens colocará, o adulto bem como a criança, em “melhor colocação” em seu grupo social. Outrossim, crianças consumistas potencialmente se tornarão adultos com os mesmos hábitos, o que formará uma sociedade ainda mais compulsiva, tais costumes tornam-se prejudiciais ao meio ambiente, tendo em vista que, dessa forma, há uma maior produção de resíduos que, boa parte deles, serão despejados na natureza. A população deve, portanto, mudar seus hábitos de consumo e para tanto, o governo deve investir na educação, desde o infantil, pontuando palestras e debates nas escolas e universidades, bem como o rígido controle das propagandas publicitárias destinadas a crianças, utilizando-se dos órgãos reguladores de propaganda e publicidade em consonância com as leis específicas.