De acordo com Rousseau, uma criança deve ser estimulada antes de ser “contagiada” pela civilização. No entanto, a sociedade contemporânea propaga o oposto da afirmação do filósofo, principalmente diante de uma grave problemática: o consumismo exacerbado. Desse modo, essa realidade inicialmente cabível apenas aos mais experientes, atinge progressivamente as novas gerações, ocasionando resultados preocupantes. Com a consolidação do Capitalismo, que sucedeu o Feudalismo, o corpo social vive em um contexto deslumbrante de consumo desenfreado. Dentro desse cenário convidativo, encontram-se pequenos cidadãos alienados pelas diretrizes do sistema atual. Afinal, a mídia televisiva, juntamente com sites e grandes empresas, buscam alcançar gradativamente esse público inocente e ainda inconsciente de suas ações. Consequentemente, o futuro da pátria é ameaçado cotidianamente. Perante a prática precoce da compra incessante, o ciclo vicioso perpetuado por uma parcela significativa da nação, torna-se completo e ininterrupto, uma vez que tem englobado a coletividade. Além disso, a agressão ao meio ambiente através do acúmulo de lixo e do seu destino inadequado é alarmante. Dado o exposto, cabe aos pais e professores moldarem os atos das crianças, ensinando-as o verdadeiro sentido do tema abordado e suas drásticas consequências. Os meios de comunicação em conjunto com a elite econômica devem policiar a publicidade infantil, baseando-se em ética e prudência. Portanto, é indispensável preservar a pureza daqueles que um dia salvarão o futuro que está em construção.