Um dos assuntos poucos discutidos, que permeia a sociedade pós-moderna é o consumismo infantil. Na contemporaneidade, essa realidade passa a ser um dos grandes desafios enfrentados pelas atuais e futuras gerações, haja vista as consequências que tal prática pode causar na vida dos indivíduos. O consumismo é cada vez mais difundindo na sociedade, uma vez que o sistema capitalista pautado na lucratividade, fazem de adultos, jovens e principalmente crianças por serem mais vulneráveis, peças fundamentais para o crescimento do capital. No entanto, quando o público infantil inicia de forma inconsciente e precoce esse ato, o seu desenvolvimento acaba sendo comprometido diretamente ou indiretamente. É possível afirmar que a TV brasileira juntamente com a grande mídia, são as principais influenciadoras do consumismo, tendo em vista, que utilizam ferramentas persuasivas para estimular a ação de consumir. Segundo o IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), a criança brasileira passa em média cinco horas e 35 minutos por dia vendo programas de televisores, e anualmente são cerca de 112 bilhões de reais voltado para a publicidade. Dessa maneira, é notório o impacto que a mídia tem na infância das crianças, em que em sua maioria são levadas a consumir de modo inconsequente e irresponsável, logo, é preciso um novo olhar voltado tanto para medidas fiscalizatórias de órgãos midiáticos do país, como também em mudanças no padrão de consumo. Somando a isso, as consequências do consumismo infantil são as mais variáveis possíveis, podendo afetar desde a infância até a vida adulta do indivíduo. Desse modo, ilustrando tais perigos temos: o desenvolvimento precoce, a obesidade infantil, a erotização precoce, a falta de criatividade, consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, estresse familiar, banalização da violência e agressividade e a compulsão por aquilo que na maioria das vezes não é necessário para si. Assim, é de extrema urgência a necessidade de si criar meios que visem mudar a ideologia do consumismo, para que a sociedade possa assegurar a segurança de um futuro sustentável e com adultos saudáveis. Émile Durkheim, filosofo francês dizia que a sociedade funciona como um organismo vivo, em que cada um tem sua função. Sendo assim, para que a sociedade venha a se desenvolver em prol do bem estar coletivo, é imperativo a mobilização coletiva entre Estado, escola e família. O Estado deve garantir políticas e leis com medidas fiscalizatórias, para buscar formas de selecionar as publicidades de maneira consciente e sustentável. Já a escola e família tem o papel de educar e ensinar o modo correto de consumir, com exemplos e medidas educacionais, pois somente a partir do momento que o homem passa a ter consciência de consumir apenas o que é necessário realmente para si é que será possível esperar um futuro melhor.