Produtos com brindes, embalagens coloridas e chamativas, propagandas e mais propagandas. Esses elementos somados com a imaturidade consumista da criança é a combinação ideal para as fabricas de produtos do mercado infantil. Entretanto, essa exposição ao mercado acarreta inúmeras conseqüências para a criança, que provavelmente no futuro irão prejudicá-la. O individuo, quando mais novo, não sabe lidar com o grande número de informações que lhe é bombardeado o tempo todo. Se até mesmo muitos adultos não sabem como lidar com a compulsão por comprar sem ter um motivo, as crianças estão ainda menos preparadas. Elas não sabem a diferença do querer e precisar. E para isso, cabe aos pais educá-las, mostrando desde a tenra idade o que é supérfluo e o que é essencial. Os reflexos que o consumismo desde a infância traz para a pessoa quando se torna adulto são inúmeros. Entre eles, o que se destaca principalmente é a pratica do consumismo descontrolado. Quando mais novas, as crianças acabam se acostumando a terem tudo o que querem, já que não depende delas ter o produto, mas sim dos pais. E quando se tornam adultos, elas não têm como conseguir tudo o que desejam, o que as deixa frustradas. Outra influencia que os mais novos exercem em relação ao consumismo, é em relação ao consumo dos pais. Pois, foi comprovado que mais de 50% dos produtos consumidos pela família são de influencia das crianças. E o mercado tendo conhecimento disso, a cada dia põe em suas prateleiras mais e mais produtos, contendo brindes ou com propagandas relacionadas a personagens infantis, o que torna o produto atrativo o suficiente para que é um alvo frágil para o mercado. É preciso considerar então, que existem vários fatores que influenciam esse consumismo infantil, e que este pode gerar inúmeros problemas para as crianças no futuro. Para mudar essa realidade, torna-se necessário uma participação efetiva por parte dos pais na construção da consciência de consumidor da criança desde cedo, mostrando a ela o que é necessário e o que não é. Além da família, a escola também pode ajudar nesse processo por meio de dinâmicas que simulem a vida de um adulto consciente de seu consumo. E ao governo, cabe o papel de sancionar leis que reduzam o número de propagandas com apelo infantil, como também leis que reduzam a entrada de produtos que se unem à marcas ou a outros produtos infantis para atingir um maior mercado consumidor.