Título da redação:

As jogadas de marketing prejudicial

Tema de redação: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 24/06/2016

Sabe – se que a criança é ingênua e não possui grande capacidade de discernimento e de senso crítico, sendo, portanto, facilmente persuadida. Quando aludir ao consumo infantil, nota-se uma jogada de marketing frente ao jeito infantil e seus desejos, atraindo a atenção das crianças para o consumo, sendo assim, aumentam cada vez mais o mercado infantil e a preocupação dos pais. É comum assistir entre os comerciais de séries e desenhos animados, propagandas voltadas para o público infantil despertando seus interesses. Segundo o Ibope Mídia, que anualmente divulga os dados de investimento publicitário no Brasil, constatou que foram movimentados cerca de R$112 bilhões em 2013 com publicidade. A televisão permanece a principal mídia utilizada pela publicidade, representando 70% do investimento. Sendo assim, cada vez mais, as crianças estão vulneráveis aos ataques midiáticos, enquanto isso consumindo mais. Consequentemente, nota-se um cenário avassalador, uma vez que, desde cedo, crianças são sensibilizadas voltadas ao consumo e, futuramente, podem apresentar problemas de saúde. No âmbito da alimentação a publicidade dissemina o maior revés, a obesidade. A pesquisa “Alvejando crianças com guloseimas”, constatou que 134% das crianças sobrepeso estão expostas as publicidades. Fica claro que o consumo infantil vai muito além da preocupação dos pais e, muitas vezes, podem ser auxiliadas pelas escolas desenvolvendo a capacidade de discernimento, evitando os ataques massivos da mídia. Sendo assim, é mais do que necessário o envolvimento familiar, através de uma reeducação, na qual veria-se diminuir as influências das propagandas, gerado pelo maior comércio familiar. Não se pode deixar de lado, também, o importante papel exercido pelas escolas, que têm a função de preparar e formar, desde a base, crianças para o atual ataque massivo das propagandas. Isso se daria através da obrigatoriedade de aulas de Filosofia, desde o Ensino Fundamental, a fim de criar nos alunos uma capacidade de senso crítico, dessa forma, não sendo vulneráveis aos ataques midiáticos. Cabe ainda destacar a necessidade de políticas públicas às crianças, que, atualmente, são vistas como futuros cidadãos, apenas, já que as políticas vigentes atuais podem ser resumidas a existência de escolas, ignorando, por vezes, o potencial e necessidade de ações extraescolares. Assim, a ação de ONGs e do governo seria de última importância para a construção do caráter da criança e da ocupação útil de seu tempo livre, através de oficinas e atividades voltadas ao público infantil como oficinas de teatro, música e leitura, garantindo à criança maior nível cultural e poder crítico.