O fruto da ignorância A crise carcerária brasileira tem provocado inúmeras discussões na seara do direito penal brasileiro, tendo como fatores principais desse caos, a superlotação, a reincidência e principalmente o descumprimento dos direitos e garantias fundamentais inerentes a pessoa do preso e envolve os setores políticos, econômicos e sociais. O excedente número de detentos é o maior de todos os problemas enfrentados, pois o governo não apresenta uma solução à curto prazo o que existe são apenas debates com vista a tentar elucidar este problema. Além disso o abandono, a falta de investimento e o descaso do poder público ao longo dos anos vieram agravar ainda mais a caótica situação prisional, sendo que a macro comunidade nos presídios é de conhecimento do poder público, no entanto cada vez mais aumenta a população carcerária e poucos presídios são construídos para atender a demanda dos condenados. Na verdade, as penitenciárias tornam-se uma escola para o crime, pois a corrupção e o tráfico de armas de fogo para dentro dos presídios por facções criminosas geram grandes rebeliões, como o que aconteceu em Amazonas (Manaus) gerando a morte de 60 detentos, isso por que a cadeia apreendia duas gangues inimigas. Enfim, o problema não é recente e precisa urgentemente de uma reforma na política criminal e penitenciária existente, partindo principalmente do Estado que tem como função reeducar e socializar os inclusos para não voltarem ao mundo do crime após cumprir sua pena, além de criar novos sistemas carcerários para amenizar a superlotação.