O consumismo infantil torna-se cada vez mais frequente na “era” tecnológica em que vivemos, mas para que se possa debater as suas consequências é necessário conhecer a sua origem, aquilo que acontece para que esse assunto seja colocado em debate. Afinal, por que as crianças de hoje em dia são o alvo principal da publicidade? É comum dizer que a publicidade tem mais impacto nas crianças porque é um grupo de fácil influência, mas vai além disso. Essa faixa etária além de ser facilmente influenciada, seja pelas palavras diretas ou pelas cores chamativas, é um grupo de fácil persuasão, isto é, é algo simples convencer uma criança de que tal produto é melhor que outro ou que ela deve usar “isto” porque muitas outras pessoas usam. Essa influência é, em sua maioria, dada pela publicidade que tem como seu objetivo, no caso do consumo, vender seu produto, sendo essa propaganda, muitas vezes, direcionada a crianças, uma vez que um filho tem maior poder de convencimento sobre seu pai que um comercial sobre um adulto. Tudo isso acaba mudando os hábitos dessa nova geração, pois acontece um contato imaturo com o consumo e com a tecnologia, fazendo com que o jovem cresça nesse meio “comercial”, o que pode ser bom e ruim. É algo benévolo quando aproxima a criança dos meios de comunicação, e dá a criança o senso daquilo que gosta e não gosta desde bem cedo. Porém essa aproximação acaba sendo exagerada em uma família que vive a base de tecnologia, deixando de lado os valores principais da família como um todo e fazendo com que a criança não tenha contato com uma infância “comum”, com brincadeiras, músicas de roda, brinquedos e outras crianças. Outra má consequência é a possibilidade de esse jovem se tornar uma pessoa “mimada” demais, por ganhar dos pais tudo aquilo que quer, e acabar tendo uma fragilidade psicológica quando algo lhe for negado, além da falta de facilidade com escrita, devido às abreviações constantemente usadas na internet. As verdadeiras consequências do consumismo infantil serão vistas nessa geração que está sendo preparada para o futuro, uma geração que já pode ser considerada tecnológica e consumista, e em sua pior “avaliação”, uma geração sem a prática de socialização física e que baseará sua vivência naquilo que compra, ao invés de baseá-la nos valores éticos essenciais para uma boa vivência em sociedade.