Durante a Revolução Francesa,os sans-cullotes destacaram-se por suas práticas radicais,já que seus integrantes nasceram durante a eclosão do movimento.Dessa forma,os mesmos cresceram em um meio de normatização da violência.A partir desse contexto,nota-se que o ambiente externo possui um importante poder coercitivo na formação do indivíduo.Atualmente, a mídia exerce esse papel,despertando o consumismo nas crianças,e,por conseguinte, desencadeia graves problemas,como a obesidade infantil. A priori é importante ressaltar que a mídia,vale-se do princípio de Durkheim ao atuar de forma coercitiva na formação dos futuros cidadãos. Uma vez que,devido a falta de tempo dos pais as crianças passam cerca de cinco horas e vinte minutos pro dia assistindo televisão,segundo dados do Ibope em 2012,mostrando dessa maneira o quão grande é o poder influenciasor da mídia na educação desses pequenos. E as empresas utilizam tal fato a seu favor,pois nos intervalos ou até mesmo nos próprios desenhos,que de primeira julga-se inocentes,a noção de consumismo é estimulada pouco a pouco nas crianças. Visto que ao ofertarem brinquedos ligados a personagens queridos por esse público cria-se uma necessidade de dispêndio que antes não existia. Diante dessa manipulação midiática impulsionada pelo regime capitalista,que enxerga o público infantil muito mais como um consumidor em formação do que como um indivíduo, a lógica de aquisição de coisas materiais é despertada cada vez mais cedo causando sérios problemas,como a obesidade infantil. À vista disso as empresas alimentícias,na maioria dos casos de alimentos industrializados e pouco saudáveis,como forma de atrair este público veiculam junto aos seus produtos, brindes associados aos desenhos infantis queridos do momento. Logo ao somar a alta vulnerabilidade destes seres com a passividade de seus pais o ciclo de formação de futuros consumistas é continuado. O ambiente externo possui um importante poder coercitivo na formação do indivíduo, então é necessário que o Ministério das Comunicações controle a quantidade de apelos publicitários que atingem as crianças, impondo um limite de propagandas que possam ser passadas direta e indiretamente durante a transmissão de desenhos infantis,a fim de diminuir a antecipação da lógica consumista atrelada a esses seres.