O avanço dos entorpecentes no que tange à sociedade brasileira é inegável e não se trata apenas do uso de drogas ilícitas visto que o consumo exagerado de álcool é nocivo à saúde. Além dos danos ao corpo, é preciso salientar as implicações sociais dessa vicissitude e como ela é capaz de comprometer a vida das crianças, adolescentes e desestabilizar famílias. De fato, o poder destrutivo da cerveja e do vinho, muitas vezes, é banalizado pela sociedade, o usuário não reconhece que precisa de tratamento. Segundo a Faculdade Federal de São Paulo (UNIFESP), uma em cada cinco crianças presenciaram violência doméstica decorrente de familiares embriagados. Esse dado é preocupante porque a criança pode reproduzir o comportamento violento ou ficar traumatizada e ter seu desenvolvimento afetado. Outro aspecto relevante é que o Instituto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe o consumo de bebidas para menores de 18 anos, mas é fácil presenciar o acesso dos jovens ao álcool e a maconha. Os motivos para esse consumo são diversos como, por exemplo, busca pela autoafirmação, prazer e válvula de escape para problemas e as chances de vício são maiores porque nessa faixa etária o córtex pré-frontal, responsável pela escolhas e desejos, ainda não está completamente desenvolvido. Ademais, a dependência química pode aumentar o número de acidentes de trânsito e a evasão escolar dos adolescentes. Em suma, percebe-se a gravidade das consequências da perpetuação das drogas no Brasil. Para tentar reverter tal quadro, ONGs podem criar campanhas com o intuito de incentivar o usuário a buscar tratamento e oferecer grupos de apoio para que os familiares possam compartilhar o sofrimento e receber o apoio necessário. Já o governo, pode investir em medidas educativas para mostrar como cada droga age no organismo e fiscalizar a venda de bebidas para menores. Dessa forma, esse problema retrocederá.