"Parece cocaína, mas é só tristeza". No trecho dessa canção, o músico e compositor Renato Russo faz relação de um sentimento com o efeito de uma droga. No entanto, as consequências do crescente avanço dessas substâncias alucinógenas no Brasil estão trazendo muito mais que tristeza. Dessa forma, elas têm causado vários problemas ao indivíduo chegando, até a comprometer sua sociabilização. Sendo assim, é necessário um maior empenho para barrar o avanço desse mal no País. Em primeiro lugar, o ascendente consumo de drogas na sociedade brasileira vem promovendo várias complicações orgânicas nas pessoas. O contato cada vez mais prematuro dos indivíduos com esses produtos traz , em mesma proporção, o aumento nos casos de várias doenças. Depressões, fortes crises de ansiedade, alucinações, entre outros, são os efeitos mais comuns e, de certa forma, reversíveis. No entanto, o crescente consumo pode trazer vários problemas sem cura. Nesse sentido, os mais comuns são danos aos órgãos: pele, coração, visão, pulmão, etc, além de graves distúrbios endócrinos, os quais podem levar a morte. É importante ressaltar, ainda, que o avanço e a popularização do uso das drogas têm causado uma grave crise nas relações interpessoais. De fato, com o processo de globalização e a virtualização da comunicação, o contato real com as pessoas ficou mais difícil. Não obstante, com o grande financiamento da violência pela comercialização das drogas, está nação nunca ficou tão isolada e refém do medo. Além disso, os núcleos familiares passam a ser afetados de forma drástica com este elemento. o acesso facilitado às drogas faz com que, principalmente, os jovens tenham o contato com elas. Com isso, os vícios passam a comprometer o bom convívio nesses núcleos chegando, em muitos casos, a desmantelar famílias por inteira sejam pelo custo do consumo, do tratamento ou pela dor da perda: por doenças, por homicídio ou por suicídio. Fica claro, portanto, que a difusão das drogas no Brasil está alavancando sérios problemas. Para que isso mude e não seja uma pedra no meio do caminho, segundo Carlos Drummond, primeiramente, o Estado não deve tratar o consumo de drogas tão somente como caso de polícia, mas, sim, como caso de saúde pública fazendo com que o Ministério da Saúde, através da ampliação e das melhorias técnicas, estruturais e laborais das unidades de tratamento de dependentes químicos, possa salvar muitas vidas. Outrossim, a escola deve trazer a discussão para dentro de disciplinas como filosofia e sociologia ou através de palestras e eventos, com a participação da família, a fim de conscientizar a população sobre esse mal e como combater. Por fim, a mídia pode promover a discussão, a partir da abordagem em novelas, filmes e literaturas, com o intuito de desenvolver cidadãos críticos e disposto a combater esse mal e seus efeitos nocivos.