Após o início da globalização, pós-Guerra Fria, o mundo passou a vivenciar o aumento no fluxo de informações e produtos. Isso influenciou diretamente o tráfico de drogas e, consequentemente, a utilização dessas no Brasil. Nessa perspectiva, é notório que, causado principalmente por comportamentos hedonistas, a ascensão de entorpecentes em território nacional pode apresentar graves efeitos deletérios ao indivíduo e a sociedade. É pertinente considerar, antes de tudo, o uso de drogas como comportamento de busca por gratificação imediata, classificado pelo filósofo e psicanalista Sigmund Freud, como Princípio do Prazer. Nesse contexto, esses atos de procura pela satisfação a curto prazo podem gerar consequências. No que se refere aos entorpecentes, o contexto nacional no qual indivíduos, principalmente durante a juventude, tentam fugir da realidade e obter uma liberdade artificial através de ações inconsequentes, casos de violência e criminalidade são fomentados pelo anseio de alimentação do vício. Além disso, a ascensão na utilização de substâncias químicas ilícitas, no Brasil, pode acarretar a banalização no consumo. Nesse sentido, devido à ausências de medidas efetivas do Estado, com o intuito de atenuar o avanço de drogas no cenário nacional, a marginalização e criação de estereótipos acerca de grupos sociais, principalmente de classes com vulnerabilidade socioeconômica, tornou-se comum e, frequentemente, mais evidente. Isso ocorre, principalmente, em comunidades que passaram pelo processo de favelização. Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para atenuar as causas da ascensão das drogas no Brasil, e, consequentemente, seus efeitos. Para tanto, as escolas, em parceria com a família e ONGs, devem buscar propor seminários que incentivem os alunos a pesquisa acerca de efeitos, no tocante a comportamentos hedonistas, como a utilização de entorpecentes. Ademais, o Governo Federal deve, em parceria com os Governos Estaduais, promover a criação e expansão de centros de reabilitação. Dessa forma, talvez, possamos amenizar as consequências da busca por liberdade artificial, que tanto prende indivíduos em vícios.