Muito se discute sobre as consequências do avanço das drogas no Brasil. A maior incidência de roubos e assassinatos, a perda de controle territorial do governo para grupos armados, nas partes mais pobres das cidades e o risco que as futuras gerações correm devido à necessidade de recrutação pelas organizações criminosas são apenas algumas consequências dessa expansão. O início do avanço das drogas na América Latina foi a partir da década de 50 com o surgimento das FARCS, em um livro chamado "Red Cocaine" o autor explica como a facilidade ao acesso as drogas se relaciona diretamente com fins políticos e militares dentro do contexto de Guerra Fria. A OMS divulgou dados alarmantes, este ano, que apontam um aumento de 10% no número de mortes pelo uso excessivo de drogas em 2015 quando comparado a 2014 a maioria dos mortos são jovens entre 18 e 25 anos. O aumento na taxa de roubos e homicídios estão diretamente ligados a expansão das drogas, pois muitos roubos são cometidos por usuários enquanto os homicídios se devem aos constantes confrontos entre policiais e traficantes armados que ocupam determinadas regiões as quais controlam militarmente e politicamente. A preocupação com o jovem pobre tem crescido cada vez mais, pois ele não tem uma oportunidade de inserção na sociedade a chance de ser recrutado para uma organização criminosa é extremamente alta. No entanto, medidas estão sendo tomadas para, não somente, combater os grupos criminosos como, também, para prevenir o recrutamento dos jovens que vivem nas periferias das grandes cidades. Através de ONGs ligadas ao esporte e a atividades culturais a juventude das regiões mais desfavorecidas possuem a oportunidade de ir por um caminho diferente da criminalidade enquanto isso na segurança pública é possível ver cada vez mais ações conjuntas envolvendo forças estaduais e federais no controle contra grupos armados. A consequência do avanço das drogas no Brasil, portanto, é extremamente danosa à população, e deve ser combatida, em primeira instância, antes do jovem se tornar criminoso através da educação com escolas integrais e projetos sociais de ONGs que envolvam o jovem em um espaço de esporte e cultura e, em segunda instância, através da segurança pública com o aumento da integração das forças estaduais e federais e a ocupação permanente de forças militares nas regiões onde sabidamente haja tráfico.