No anseio intenso em obter algo, se alcançado, gera um sentimento de tédio e angústia no indivíduo, na visão do filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Nesse estado de profunda insatisfação, o cidadão torna-se suscetível a inúmeras experiências, dentre elas, o uso de entorpecentes. No Brasil, o forte progresso desse consumo agrava as mazelas sociais do país como o aumento da marginalização e o tráfico de substâncias ilícitas que prejudicam toda a sociedade. Apesar da utilização das drogas ilícitas no Brasil ser elevado, é através das lícitas como a bebida alcoólica e o cigarro que, em muitos casos, acarretam um primeiro contato com a maconha, heroína, entre outras substâncias. Isso ocorre sobretudo entre os jovens, tendo em vista que o contato, cada vez mais precoce, com a bebida alcoólica, aliado a fuga da realidade proporcionada pela alucinação dos efeitos das drogas, servem como artifício para justificar o uso. Como resultado, os problemas sociais se agravam, visto que, há um encadeamento das consequências. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública crimes de tráfico de drogas cresceram 55%, acarretando inúmeros tipos de violência, desde a física até a psicológica. Com isso, o amparo da própria sociedade em auxiliar o indivíduo a superar o vício é reduzida devido à marginalização desse indivíduo e o receio em sofrer algum tipo de abuso. Já que, segundo a Organização Mundial de Saúde, o aumento da agressividade é um dos principais efeitos. Contudo, há pessoas que superam a dependência por drogas, seja por vontade própria ou por auxílio de clínicas de reabilitação. Porém existe um forte preconceito social que impede a reintegração desse indivíduo na sociedade. A recusa de ex dependentes químicos em vagas de emprego, a criação de alcunhas pejorativas, são algumas atitudes que demonstram aversão a essa minoria populacional. Torna-se imprescindível, portanto, buscar soluções que atenuem esse cenário. Assim, fomentar através de campanhas publicitárias na mídia, a população denunciar estabelecimentos que permitem a venda de substâncias lícitas para menores de 18 anos é crucial. Ademais, a redução de impostos aos centros comerciais que empregarem ex dependentes químicos, visando sua inclusão social é de suma importância. Dessa forma, torna-se possível amenizar os efeitos tão nocivos a população.