O tráfico de drogas vem se desenvolvendo rapidamente ao longo dos anos e podemos observar uma espécie de profissionalização do ilícito. Uma cadeia inteligente e altamente organizada que tem como objetivo um maior consumo daqueles que se encontram dependentes ou conquistar novos consumidores – preferencialmente mais jovens. Podemos observar esta organização quando analisamos os movimentos de importação e venda de substâncias proibidas. Quando falamos de importar, a criatividade dos traficantes é infinita. Além de mecanismos clássicos - e altamente perigoso - como esconder drogas em estômagos, podemos observar drogas em fundos falsos de automóveis, debaixo de cargas pesadas como toras de madeira e sacos de cimento ou mesmo em inocentes brinquedos infantis e imagens santas. Outro clássico é misturar a produtos de cheiro forte para despistar os cães farejadores. Algumas drogas como a cocaína tem ganhado novas matérias-primas ou o aprimoramento das já existentes, para que fiquem cada vez mais fortes e viciantes. O crack é outro exemplo: com o seu alto poder de dependência, estudos mostram que basta usá-lo por apenas duas vezes e dificilmente ele será abandonado. Já para o LSD, sua venda é considerada mais lucrativa em festas distantes como sítios e fazendas, distribuídos para uma quantidade muito maior de usuários numa única noite. Tudo é tentado para diminuir o tráfico e consequentemente seu consumo, mas a solução necessariamente precisa passar por um desenvolvimento educacional mais forte e variado. Escolas públicas de qualidade, com boas condições de trabalho para os professores, ensino focado no desenvolvimento do ser humano e disciplinas de caráter social. Questões que poderiam dar início à longa jornada da transformação do ser. Faz-se necessário o foco no sentido amplo do aprender para termos seres humanos mais equilibrados em busca de uma felicidade mais sustentável.